A Aventura no Castelo Colorido

A Aventura no Castelo Colorido

No coração da mata, escondido por um véu de névoa brilhante, havia um castelo mágico. Diziam que só quem tinha um coração puro e cheio de empatia podia encontrá-lo. Helena, com seus quatro anos e um sorriso sapeca, sempre se encantou com histórias de castelos e seres mágicos. Ela morava em Goiânia com sua família e sua cachorrinha Filó, uma poodle brincalhona de 54 anos (em anos de cachorro, claro!). O que ninguém sabia é que Helena tinha um superpoder: ela podia falar com os animais!

Certo dia, enquanto brincava com Filó no jardim, Helena encontrou uma pena colorida e brilhante. Parecia uma pena de arco-íris! Filó, que adorava pular, deu um pulo tão alto que quase tocou na pena.

– Olha, Helena! Que pena mais linda! – latiu Filó, animada.

– É mesmo, Filó! De quem será? – Helena se perguntou, pegando a pena com cuidado.

Nesse momento, um passarinho azul pousou na frente dela, cantando:

– A pena! A pena! Ela mostra o caminho! O Castelo Colorido espera por você!

Helena arregalou os olhos. Ela podia entender o passarinho! Sem pensar duas vezes, Helena, com a pena na mão e Filó a seus pés, seguiu o pássaro azul mata adentro.

Atravessaram campos floridos e riachos cristalinos. A pena na mão de Helena brilhava cada vez que se aproximavam do castelo. Finalmente, chegaram a um vale onde um castelo multicolorido se erguia no alto de uma colina. Era mágico! Tinha torres que pareciam sorvetes, janelas em forma de corações e bandeirinhas brilhantes tremulando ao vento.

Ao chegarem aos portões do castelo, Helena e Filó viram um grupo de animais tristes. Havia coelhinhos, esquilos e até um unicórnio com a crina embaraçada! Eles contaram que um feiticeiro malvado havia roubado as cores do arco-íris do castelo, deixando tudo cinza e sem vida.

– Ele não entende a importância da empatia! – disse um esquilo, enxugando as lágrimas. – Sem as cores do arco-íris, ninguém consegue sentir alegria de verdade!

Helena, com seu grande coração, decidiu ajudar. Ela sabia que a empatia era como uma ponte que ligava as pessoas e permitia que elas se colocassem no lugar das outras.

– Não se preocupem! – disse Helena com determinação. – Vamos recuperar as cores do arco-íris e mostrar a ele o poder da empatia!

Guiados pelos animais, Helena e Filó entraram no castelo. Cada passo era um desafio, pois o castelo estava cheio de truques e armadilhas. Mas Helena não desistiu. Ela usou sua inteligência e bondade para decifrar enigmas, atravessar pontes invisíveis e até acalmar um dragão que estava de guarda, apenas conversando e entendendo o seu lado. Filó, sempre ao seu lado, pulava e corria, animando Helena e os outros animais.

Finalmente, chegaram ao salão principal, onde o feiticeiro os esperava. Ele era baixo e magro, com um rosto carrancudo. Em suas mãos, um frasco brilhava com as cores roubadas do arco-íris.

– Ora, ora, o que temos aqui? – zombou o feiticeiro. – Uma menina e sua cachorra? Vieram me impedir?

– Devolva as cores do arco-íris! – pediu Helena. – Você está roubando a alegria de todos! Não vê como isso é triste? Imagine se alguém fizesse isso com você!

O feiticeiro parou, surpreso. Ninguém nunca havia falado com ele sobre os sentimentos dos outros. Olhou para os animais tristes e, pela primeira vez, sentiu uma pontada de culpa. Helena, vendo que ele estava começando a entender, continuou:

– Quando sentimos empatia, entendemos que todos merecem ser felizes. E a felicidade se espalha como as cores do arco-íris!

O feiticeiro, tocado pelas palavras de Helena, sentiu seu coração se abrandar. As cores do arco-íris, como que sentindo a mudança, começaram a vibrar dentro do frasco. Com um suspiro, o feiticeiro devolveu as cores ao castelo.

Num instante, o castelo se iluminou com as cores vibrantes do arco-íris. Os animais comemoraram, cheios de alegria. O feiticeiro, arrependido, pediu desculpas a todos e prometeu nunca mais ser egoísta. Helena, Filó e os animais voltaram para o jardim, onde um banquete mágico os esperava sob o céu estrelado. Helena sabia que a aventura não havia apenas devolvido as cores ao castelo, mas também havia plantado uma sementinha de empatia no coração do feiticeiro.

Enquanto o sol nascia, Helena e Filó se despediram dos novos amigos. O passarinho azul as guiou de volta para casa, onde a família de Helena as esperava. E assim, a menina que falava com animais aprendeu que a empatia era a magia mais poderosa de todas!

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