A Canção da Sereia na Lua

A Canção da Sereia na Lua

"Fifi, você ouviu isso?", Sophia sussurrou, seus olhos arregalados como bolas de gude.

Fifi, um esquilo siberiano com 54 anos de pura fofura, parou de cantarolar e inclinou a cabeça. "Ouvir o quê, Sophia?"

"Um... um canto", Sophia sussurrou de novo. "Parecia vir do meu armário!"

Com um pulo corajoso, Sophia correu até o armário e o abriu de uma vez. Lá dentro, nada além de suas roupas de futebol e... um brilho prateado? Curiosa, Sophia tocou o brilho e, de repente, o chão sumiu sob seus pés!

Ela caiu, caiu, caiu... até aterrissar em algo macio e empoeirado. Piscando para se acostumar com a escuridão, Sophia percebeu que estava em uma cratera! Olhando para cima, viu a Terra, uma bola azul e verde, brilhando ao longe.

"Sophia, onde estamos?", Fifi perguntou, agarrado ao ombro da menina, sua voz trêmula.

"Na Lua!", Sophia exclamou, maravilhada. Mas como? De repente, o canto misterioso ecoou novamente, mais forte dessa vez. Sophia sentiu seu coração bater mais rápido. Era lindo, mas um pouco assustador.

"Vamos seguir o som, Fifi", Sophia decidiu, com um tremorzinho de coragem na voz. Afinal, coragem não é não sentir medo, mas sim, agir apesar dele!

Elas pularam de cratera em cratera, a gravidade lunar as fazendo flutuar como astronautas. O canto se tornava cada vez mais alto, guiando-as por um labirinto de pedras e poeira. De repente, elas chegaram à beira de um enorme lago cristalino.

No meio do lago, flutuando como um nenúfar mágico, estava uma criatura deslumbrante. Tinha a pele cor de pérola, longos cabelos verdes como algas marinhas e uma cauda brilhante que brilhava como mil sóis. Era uma sereia!

A sereia abriu a boca e cantou uma melodia triste e linda. Sophia entendeu a tristeza na voz dela. Ela estava sozinha, longe de casa, assim como Sophia.

"Não chore", Sophia disse, sua voz cheia de compaixão. "Nós vamos te ajudar a voltar para casa!"

A sereia parou de cantar e olhou para Sophia com esperança. Com a ajuda de Fifi, que se revelou um excelente tradutor de linguagem sereia, Sophia descobriu que a criatura havia sido pega por uma chuva de meteoros mágica e trazida para a Lua.

Sophia sabia o que fazer. Ela juntou toda a sua coragem, fechou os olhos e desejou com toda a força que a sereia voltasse para casa. Um novo brilho, agora dourado, envolveu a sereia e, num piscar de olhos, ela desapareceu.

No lugar onde a sereia estava, restou apenas uma pequena concha brilhante. Sophia a pegou, um lembrete da aventura mágica e da amiga que ela fez na Lua.

Segurando a concha com força, Sophia sentiu outro puxão familiar e, num instante, estava de volta ao seu quarto, com Fifi aninhado em seus braços. O armário estava fechado, a Lua brilhava pela janela e, no silêncio da noite, Sophia podia jurar ter ouvido um "obrigada" sussurrado ao vento, carregando a melodia da sereia até ela.

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