A Casa Assombrada de Areia

A Casa Assombrada de Areia

“Cuidado, Enzo, dizem que um coelho gigante de olhos vermelhos ronda a Praia à noite!”, brincou o pai de Enzo. Enzo riu. Coelhos gigantes? Que bobagem! Ele adorava coelhos, ainda mais gigantes!

Enzo, um garoto sorridente de cinco anos, amava brincar. Era sua atividade favorita no mundo! E hoje, a brincadeira seria ainda mais especial: um dia inteiro na praia com seu melhor amigo, o cachorro Pogo.

“Pogo, você está pronto para construir o maior castelo de areia do mundo?”, perguntou Enzo, com os olhos brilhando de entusiasmo. Pogo latiu, balançando o rabo com tanta força que quase levantou voo. Ele sempre quis ser um unicórnio alado e, quem sabe, na praia seus sonhos se realizassem?

Chegando na praia, Enzo sentiu a areia macia entre os dedos dos pés e o cheirinho gostoso de água salgada. O céu estava incrivelmente azul, e as ondas pareciam convidá-lo para um mergulho. Mas primeiro, a missão: o castelo de areia!

Enzo e Pogo trabalharam duro, escavando, moldando e decorando. O castelo ficava cada vez maior e mais bonito, com torres altíssimas, pontes levadiças e até um fosso ao redor. Brincar na areia era mágico! Enzo imaginava ser um cavaleiro valente defendendo seu castelo de um dragão feroz. Pogo, com uma alga na cabeça, fazia o papel do dragão, latindo e correndo em volta do castelo.

Conforme o sol começava a se pôr, pintando o céu com tons alaranjados e rosados, Enzo e Pogo decidiram fazer uma pausa para descansar.

De repente, Enzo avistou algo estranho: pegadas gigantescas de coelho na areia, bem na entrada do castelo! Seu coração deu um pulinho no peito. Seria o coelho gigante da história do seu pai? Ele olhou para Pogo, que, farejando o ar, soltou um pequeno ganido.

Com um nó na garganta, Enzo seguiu as pegadas. Elas levavam até uma caverna escura formada pelas rochas, no final da praia. Uma placa torta, escrita com tinta descascada, dizia: "Cuidado! Coelho Gigante Dorminhoco!".

Enzo hesitou. O medo tentou dominá-lo, mas ele lembrou do seu superpoder: encarar seus medos! Respirando fundo, ele entrou na caverna, com Pogo colado em sua perna.

A caverna estava escura e fria. O cheiro de maresia se misturava a um odor adocicado, que Enzo não conseguia identificar. A cada passo, as sombras pareciam se mover, e o som da sua própria respiração ecoava pelas paredes úmidas.

De repente, dois olhos vermelhos brilharam no fundo da caverna. Enzo prendeu a respiração. O coelho gigante! Ele era enorme, com pelos brancos como a neve e orelhas que pareciam tocar o teto da caverna.

“Oi”, disse Enzo, com a voz trêmula. O coelho gigante abriu um olho, depois o outro. Ele bocejou, mostrando dentes grandes e amarelos, e então… começou a roncar!

Enzo e Pogo caíram na gargalhada. O coelho gigante não era assustador, só estava com muito sono! Aliviados, voltaram para o castelo de areia, deixando o grandalhão roncando na caverna.

Naquela noite, deitados em sua cama, Enzo contou tudo para seus pais. E mesmo que eles achassem que era só a imaginação fértil de um menino que brincou demais, Enzo sabia a verdade: ele havia enfrentado um coelho gigante e vivido para contar a história!

E Pogo? Bem, ele ainda sonhava em ser um unicórnio alado, mas defender o castelo de areia com seu melhor amigo era uma aventura e tanto para um dia só!

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