Maria olhou para o desenho que tinha acabado de fazer. Não era um desenho qualquer, era a planta de uma casa! Mas não uma casa comum, e sim, a "Casa da Criatividade". Ela tinha imaginado tudo: paredes feitas de lápis de cor, janelas de doces coloridos e um telhado feito de blocos de montar.
- Pai, pai! – Maria gritou, correndo pela casa até encontrar José, que dançava animadamente na sala. - Olha a minha invenção!
José pegou o desenho e examinou com atenção, um sorriso se abrindo em seu rosto.
- Que ideia incrível, Maria! Mas onde fica essa casa? - perguntou ele, entrando na brincadeira.
Maria, com um brilho sapeca nos olhos, respondeu: - Na Floresta Encantada!
Ela sempre inventava histórias sobre uma floresta mágica que ficava no final do quintal. José sabia que era tudo imaginação, mas adorava ver a filha tão empolgada.
Naquela tarde, enquanto José lia um livro embaixo de uma árvore no quintal, Maria decidiu procurar a "Casa da Criatividade" na floresta imaginária. A cada passo, a grama alta parecia se transformar em árvores gigantes, e o canto dos pássaros, em sussurros mágicos. De repente, ela avistou algo inusitado entre as árvores: uma casinha colorida, exatamente como a do desenho!
Aproximou-se cautelosamente, encantada com os detalhes: as paredes realmente pareciam feitas de lápis de cor, e as janelas, de doces! Mas o que mais chamou a atenção de Maria foram as pequenas criaturas que brincavam no jardim, usando chapéus pontudos e roupas esfarrapadas. Eram duendes!
Maria lembrou-se das histórias que sua avó contava sobre duendes travessos que viviam em florestas mágicas. Sem medo, ela se aproximou, perguntando:
- Vocês moram na Casa da Criatividade?
Os duendes pararam de brincar e olharam para Maria com curiosidade.
- Sim, aqui mesmo! - respondeu um duende com um sorriso maroto. - Você quer entrar? Criamos as coisas mais incríveis aqui!
Maria não hesitou. A Casa da Criatividade era ainda mais fascinante por dentro! Havia tintas que mudavam de cor, pincéis que pintavam sozinhos e blocos de montar que se encaixavam como mágica. Os duendes explicaram que a casa se alimentava da criatividade das pessoas, e por isso, convidavam todos a brincar e inventar com eles.
Maria passou horas brincando com os duendes. Ela nunca tinha se sentido tão inspirada! Criaram juntos um robô que dançava como o pai dela, um chapéu que contava histórias e um jardim que florescia doces. Mas o sol começou a se pôr, e Maria sabia que estava na hora de ir.
- Obrigada por me deixarem brincar com vocês! – disse Maria, se despedindo dos duendes. – Voltarei amanhã!
Os duendes se despediram com acenos entusiasmados, felizes por terem conhecido uma menina tão criativa.
Quando Maria voltou para o quintal, encontrou José procurando por ela, com um olhar preocupado.
- Onde você estava, Maria? Fiquei preocupado!
Maria contou tudo sobre a Casa da Criatividade, os duendes e as maravilhas que tinha visto. José a ouviu com atenção, sabendo que a floresta encantada só existia na imaginação de Maria. Mesmo assim, ficou feliz em ver o brilho nos olhos da filha, que agora transbordava criatividade e alegria.
Naquela noite, antes de dormir, Maria desenhou tudo o que tinha inventado com os duendes. Ela sabia que a Casa da Criatividade sempre estaria lá, em sua imaginação, esperando por ela. Afinal, a criatividade não tem limites, assim como a fantasia de uma criança!