A Casa dos Sussurros

A Casa dos Sussurros

"Cuidado, Alice, dizem que a floresta guarda segredos antigos!", disse o papai, enquanto Alice colocava seu chapéu de exploradora. Ela sorriu, pronta para a aventura. A floresta, com suas árvores gigantes que pareciam tocar o céu, era o lugar preferido de Alice para se conectar com a natureza. Ela adorava sentir a terra sob seus pés, ouvir o canto dos pássaros e descobrir os pequenos tesouros escondidos entre as folhas.

"Papai, você vem brincar de piratas comigo?", Alice perguntou, já correndo em direção à floresta.

"Hoje não, meu docinho. Tenho que ensaiar um passo novo de dança!", respondeu o papai, dando um beijo em Alice.

A floresta era mágica! Ela sussurrava segredos para quem quisesse ouvir. Enquanto Alice se aventurava, avistou algo brilhante entre as árvores. Uma linda casa de madeira, com janelas que pareciam olhos curiosos e uma chaminé que soltava fumaça colorida! Parecia um castelo de fadas.

"Uau!", Alice sussurrou, encantada.

Aproximando-se da casa, ouviu risos de crianças vindos de dentro. Pareciam estar se divertindo muito! Alice, corajosa, bateu na porta. De repente, o riso cessou e um silêncio assustador tomou conta do lugar. A porta se abriu lentamente, rangendo como se estivesse reclamando do movimento.

Ninguém!

Alice espiou dentro da casa. Tudo estava escuro, exceto por um brilho fraco vindo do final de um corredor. Curiosa, Alice entrou. O chão de madeira rangia sob seus pés, e as sombras dançavam nas paredes como fantasmas brincalhões.

No final do corredor, Alice encontrou uma porta entreaberta. Espiando pela fresta, viu uma sala iluminada por velas, onde brinquedos estavam espalhados pelo chão. E no meio da sala... um unicórnio! Mas não era um unicórnio comum. Ele era feito de luz, com uma crina que brilhava em todas as cores do arco-íris.

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O unicórnio se virou para Alice, seus olhos brilhando como estrelas.

"Olá", disse o unicórnio, sua voz como o tilintar de sininhos. "Você está perdida?"

Alice, ainda um pouco assustada, balançou a cabeça. "Eu ouvi risadas e queria brincar."

"As crianças da floresta adoram brincar aqui", disse o unicórnio, com um sorriso triste. "Mas elas só aparecem à noite. Durante o dia, a casa pertence aos sussurros."

Alice sentiu um arrepio. Sussurros? Que tipo de sussurros?

De repente, um vento frio atravessou a casa, apagando as velas e mergulhando tudo na escuridão. Alice podia ouvir sussurros ao seu redor, como se a casa estivesse cochichando segredos assustadores.

Assustada, Alice correu para fora da casa, o coração batendo forte no peito. Ela correu sem olhar para trás até chegar à borda da floresta, onde a luz do sol a recebeu como um abraço caloroso.

De volta em casa, Alice contou tudo para o papai, que a ouviu com atenção, os olhos arregalados. Quando ela terminou, ele a abraçou forte.

"Que aventura, hein?", ele disse, com um sorriso tranquilizador. "Mas lembre-se, Alice, a floresta é um lugar mágico, mas também guarda seus mistérios. É importante sempre tomar cuidado."

Naquela noite, aninhada em sua cama, Alice ainda podia ouvir os sussurros da floresta em seus sonhos. Mas agora, ela sabia que mesmo nos lugares mais mágicos e misteriosos, o amor e a segurança de casa sempre estariam esperando por ela.

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