José adorava dançar! Ele rodopiava pela casa como um pião colorido, arrancando gargalhadas de Helena. Hoje, ele usava uma camisa brilhante que parecia um arco-íris e cantava uma música engraçada enquanto dançava.
– Papai, você parece um passarinho feliz! – Helena ria, seus olhinhos brilhando de alegria.
– E você, minha florzinha, quer voar comigo até um lugar mágico? – José pegou Helena no colo.
– Um lugar mágico? Como o zoológico? Tem muitos bichinhos lá! – Helena amava animais e podia passar horas conversando com os macacos e rindo dos leões.
– Mais mágico ainda! Vamos para um deserto onde as dunas cantam e as cores dançam no céu! – José fez um gesto misterioso com as mãos.
Helena arregalou os olhinhos. Um deserto que canta? Que lugar mais fascinante! De repente, a sala começou a girar, as paredes desapareceram e um vento quente soprou em seus rostinhos. Quando a tontura passou, Helena e José estavam em um mar de areia dourada.
– Uau! – Helena exclamou. As dunas mudavam de cor como mágica, do amarelo ao rosa, do verde ao azul, era um festival de cores!
De repente, um rugido poderoso ecoou pelo deserto. Helena se agarrou ao pai, um pouco assustada.
– Não tenha medo, estrelinha. É só o Dragão Dourado – José falou baixinho.
Um dragão enorme com escamas brilhantes emergiu das dunas, suas asas enormes abrindo-se como um leque de fogo. Ele era ainda mais incrível do que Helena imaginava!
– Olá, pequenos viajantes – o Dragão Dourado falou com uma voz grave e poderosa, que fazia o chão tremer.
– Por que você está triste, Dragão Dourado? – Helena perguntou com sua doçura. Ela podia sentir a tristeza na voz do dragão.
– Estou crescendo, pequena. E crescer significa mudar, deixar algumas coisas para trás, enfrentar novos desafios – o Dragão Dourado suspirou, soltando uma lufada de fumaça colorida.
– Mas crescer é legal! – Helena exclamou. – A gente aprende coisas novas, conhece novos amigos, brinca de coisas diferentes!
O Dragão Dourado olhou para Helena com curiosidade. – Você é muito esperta, menininha. Me conte mais sobre crescer!
E assim, Helena passou a tarde conversando com o Dragão Dourado, contando sobre suas aventuras no zoológico, sobre os livros que lia com o pai, sobre as músicas que dançava com José. Ela contou sobre como era bom crescer e aprender coisas novas, sobre a alegria de fazer amigos e a importância de enfrentar os medos.
O Dragão Dourado ouvia com atenção, suas escamas douradas brilhando sob o sol do deserto. A cada história de Helena, ele parecia mais leve, a tristeza dando lugar a uma alegria serena.
Quando o sol começou a se por, pintando o céu com tons alaranjados, José dançou com o Dragão Dourado, ensinando-o a celebrar a vida e as mudanças que ela trazia. Helena ria, batendo palmas, enquanto o deserto inteiro parecia dançar junto.
Então, tão rápido quanto chegaram, a sala de casa voltou a girar ao redor deles. Helena olhou para José, seus olhinhos brilhando de alegria.
– Crescer é mágico, papai! – ela exclamou, abraçando o pai com carinho.
E José, com um sorriso no rosto, concordou. Crescer era mesmo mágico, principalmente quando se tinha a companhia de quem se ama e a coragem de enfrentar os desafios com um sorriso no rosto.