A Fuga Colorida

A Fuga Colorida

"Mas mãe, eu preciso contar para todo mundo!", Sophia dizia, os olhos brilhando de entusiasmo. "Eles nunca vão acreditar que os Zorbnautas existem!"

Marina, sua mãe, sorriu enquanto colocava o lanche na mochila de Sophia. "Eu sei que é incrível, querida. Mas lembra do que aprendemos sobre responsabilidade? Às vezes, guardar segredos importantes é preciso, para proteger coisas especiais."

Sophia fez um bico. Era difícil guardar segredo sobre os Zorbnautas, seres coloridos e mutáveis que viviam escondidos na Terra, vindos de um planeta distante. Ela os conheceu durante uma visita à escola, quando um deles, disfarçado de bola de futebol, caiu do telhado e revelou sua verdadeira forma! Os Zorbnautas explicaram que estavam estudando a Terra e pediram segredo, confiando em Sophia.

Na escola, a agitação era grande. Era dia de jogos e Sophia, competitiva como sempre, estava pronta para vencer no futebol. Mas durante a partida, um dos Zorbnautas, disfarçado de bola, acabou chutado para longe, indo parar no meio do pátio!

As outras crianças se aproximaram, curiosas. O Zorbnauta tremia, com medo de ser descoberto. Sophia sabia que tinha que agir. Lembrando da lição da sua mãe sobre responsabilidade, respirou fundo e inventou uma história. "Essa bola é especial! Brilha no escuro, é mágica! Quem quer ver?"

As crianças, encantadas com a ideia, se distraíram e Sophia rapidamente chutou a "bola" de volta para o ginásio, onde os outros Zorbnautas a esperavam, escondidos.

"Ufa! Valeu por despistar!", disse um dos Zorbnautas, aliviado. "Você foi muito responsável, Sophia! Mostrou que podemos confiar em você."

Sophia sorriu, orgulhosa. Proteger os Zorbnautas era uma grande responsabilidade, mas ela sabia que era a coisa certa a fazer.

Naquela noite, em seu esconderijo secreto embaixo da cama, Sophia desenhava em seu caderno. Coloridos e cheios de vida, os Zorbnautas ganhavam forma em seus desenhos, um segredo que ela guardaria com carinho e responsabilidade. Entendeu que proteger seus amigos era mais importante do que a glória de contar a verdade. E, quem sabe, um dia, quando os Zorbnautas estivessem seguros, o mundo inteiro poderia conhecer sua história.

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