A Fuga da Lição de Casa

A Fuga da Lição de Casa

"Uma aranha gigante de lição de casa? Na minha mochila?", gritou Theo, os olhos arregalados como pires. A criatura peluda tinha cadernos como patas e um lápis gigante espetado nas costas, como um ferrão! Theo se escondeu atrás de Cacau, seu cachorro, que latiu para a aranha-lição com a língua de fora.

De repente, a mochila se abriu como uma caverna escura e a aranha-lição pulou para fora, arrastando cadernos e lápis por todos os lados! "Vamos fugir, Cacau!", Theo agarrou a coleira de Cacau e correu escada abaixo, a aranha-lição em seu encalço.

Cacau, com medo, disparou porta afora, arrastando Theo pela rua. Passaram voando por crianças brincando, pelo carteiro e até pela Dona Maria, que vendia seus deliciosos pastéis. "A lição de casa… viva!", gritou Theo, sem fôlego.

De repente, Cacau parou, farejando o ar. Ele puxou Theo para dentro de um beco escuro e apertado, que ninguém usava. No final do beco, uma névoa colorida girava como um furacão em miniatura. "O que é isso, Cacau?", Theo sussurrou, sentindo um frio na espinha.

Cacau latiu e, antes que Theo pudesse detê-lo, correu em direção à névoa, arrastando Theo consigo. Theo fechou os olhos com força, esperando o impacto. Mas, em vez disso, sentiu uma leveza, como se estivesse flutuando em uma nuvem de algodão doce.

Quando abriu os olhos, Theo se viu em um lugar mágico. Árvores gigantes sussurravam segredos para o vento, flores do tamanho da sua cabeça brilhavam em todas as cores do arco-íris e pequenos seres mágicos esvoaçavam entre as folhas.

"Uau!", Theo respirou, maravilhado. Era a Floresta Encantada, ele já tinha ouvido falar! Mas o que a aranha-lição estava fazendo aqui?

Theo viu a criatura peluda em um tronco de árvore, batendo seus lápis como se estivesse impaciente. Perto dela, um velhinho de chapéu pontudo e barba comprida observava tudo com um sorriso divertido.

"Olá, pequeno Theo", disse o velhinho. "Sou Merlin, o Mago. Parece que você tem um probleminha com a lição de casa!"

Theo explicou para Merlin sobre a aranha gigante e sua fuga. Merlin ouvia atentamente, acariciando sua barba branca. "A lição de casa não precisa ser um monstro, Theo", disse Merlin com um brilho nos olhos. "Ela pode ser uma aventura, uma oportunidade para aprender coisas novas e usar sua criatividade!"

Merlin ergueu sua varinha e, num piscar de olhos, a aranha-lição se transformou em um simpático duende com óculos de fundo de garrafa. "Olá! Sou o Duende da Lição, e estou aqui para ajudar!", disse o duende com um sorriso.

Theo e o Duende da Lição passaram a tarde explorando a Floresta Encantada. Eles aprenderam sobre os segredos das plantas mágicas, resolveram enigmas com as fadas e até ajudaram os gnomos a construir uma nova ponte.

Quando o sol começou a se pôr, era hora de Theo voltar para casa. "Obrigado, Merlin! Obrigado, Duende da Lição!", Theo acenou, com Cacau latindo ao seu lado. "A lição de casa não parece tão assustadora agora!"

Merlin sorriu. "Lembre-se, Theo, a magia está em todo lugar, até mesmo na lição de casa. Basta saber onde procurar!"

E num piscar de olhos, Theo e Cacau estavam de volta ao beco escuro, a névoa colorida desaparecendo atrás deles. Theo correu para casa, ansioso para começar sua lição de casa. Afinal, quem sabe que aventuras o esperavam dentro daqueles cadernos? Afinal, fazer lição era importante, e agora, muito mais divertido!

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