A Grande Caça ao Coelho Corajoso

A Grande Caça ao Coelho Corajoso

O que será que tem no quintal hoje? – Duda perguntou para Filó, sua cachorrinha aventureira que pulava sem parar.

Duda amava seu quintal! Era cheio de plantas, vasos coloridos e um espacinho só para ela brincar. Hoje, Duda estava em uma missão importantíssima: encontrar um coelho muito especial, o Coelho Corajoso.

- Filó, você sabia que a coragem mora no coração? - Duda perguntou enquanto abria a porta que dava para o quintal. - É ela que nos dá um ímpeto para fazer coisas novas!

Filó latiu, balançando o rabo com tanta força que parecia um espanador em um furacão. Duda ria, imaginando Filó como um espanador peludo.

- É verdade! – ela disse. – E dizem que o Coelho Corajoso, um coelhinho fofinho e branco, pula pelo quintal espalhando coragem por onde passa!

Duda e Filó começaram a busca. Elas olhavam embaixo das folhas largas da samambaia, atrás dos vasos de margaridas e até dentro do regador azul.

- Au! Au! – Filó latiu, correndo em direção a um vaso enorme de barro.

- Você achou o Coelho Corajoso, Filó? – Duda perguntou, já sentindo seu coração bater mais rápido.

Filó colocou as patinhas em cima do vaso e espiou lá dentro. Duda segurou a respiração. De repente, Filó enfiou a cabeça no vaso e começou a espirrar.

- Atium! Atium!

Duda começou a rir. Parecia que o vaso estava tossindo! Quando Filó tirou a cabeça, ela estava com o focinho cheio de terra e uma folhinha verde presa no nariz.

- Filó, você está parecendo um monstro de jardim! – Duda disse, gargalhando.

Filó balançou a cabeça, fazendo a folhinha voar pelos ares. Elas ainda não tinham encontrado o Coelho Corajoso, mas Duda já estava se sentindo mais corajosa só de estar no seu quintal, tendo uma aventura com sua melhor amiga canina.

- Sabe, Filó, - Duda disse, sentando-se na grama macia. - Acho que a gente não precisa encontrar o Coelho Corajoso para ter coragem. A gente só precisa se divertir e tentar coisas novas!

Filó se aninhou ao lado de Duda, lambendo seu rosto com carinho. Duda abraçou sua amiga peluda. Ela sabia que, mesmo sem encontrar o coelhinho mágico, a coragem já estava dentro dela, pronta para ser usada em todas as suas aventuras, dentro e fora do quintal!

Era hora de voltar para casa. A barriga de Duda já estava roncando mais alto que um leão faminto!

- Vamos, Filó, - ela disse, dando um último abraço em sua cachorrinha. – Que tal um lanchinho? Quem sabe a gente não encontra o Coelho Corajoso na cozinha, comendo cenouras?

Filó latiu, animada com a ideia. Duda abriu a porta de casa, com um sorriso no rosto. Ela tinha certeza que, com coragem ou sem coragem, a diversão nunca teria fim!

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