"Vovó, você acha que os dinossauros gostavam de abacaxi?" Theo, com seus quatro anos de pura curiosidade, olhava para a avó enquanto ela terminava de arrumar a última caixa. Mudar de Manaus para uma ilha deserta era uma aventura e tanto, mesmo para a animada Adélia, de seus 61 anos.
"Ah, meu neto, quem sabe? Dinossauros e abacaxis são deliciosos, mas essa dupla só existiu na nossa imaginação!" Adélia ria, enquanto entregava a Theo seu dinossauro de pelúcia favorito, o Rex. "Mas olha só, quem sabe na nossa ilha nova não encontramos pistas de dinossauros que adoravam frutas?"
A viagem de barco foi uma aventura! Theo imaginava que o barco era, na verdade, um Tiranossauro Rex gigante cortando as ondas do mar. Ao chegar na ilha, Theo mal podia acreditar nos seus olhos. A areia era branca como açúcar, a água do mar era azul como o céu e tinha uma floresta cheia de árvores enormes, parecendo cenários de filmes de monstros!
"Vovó, olha! Uma caverna secreta!", Theo apontou, correndo em direção a uma abertura na encosta coberta por trepadeiras. A caverna era escura e misteriosa, mas Theo, corajoso como era, não tinha medo. De repente, Theo viu algo se mexer no fundo da caverna. Eram pequenos seres, verdes e orelhudos, com chapéus pontudos feitos de folhas. Os duendes!
"Olá!", Theo disse, sem um pingo de medo. Os duendes se aproximaram, curiosos. Um deles, com um cajado de madeira retorcida, deu um passo à frente.
"Olá, pequeno humano. Sejam bem-vindos à Ilha dos Duendes! Sou o Folha, o guardião deste lugar mágico."
Theo aprendeu rápido que os duendes eram amigos da natureza e ajudavam a manter a ilha segura e cheia de vida. Eles mostraram a Theo como plantar sementes mágicas que se transformavam em deliciosos doces e como conversar com os animais da floresta.
Os dias na ilha eram cheios de aventuras! Theo e os duendes brincavam de esconde-esconde na floresta, construíam castelos de areia na praia e aprendiam um com o outro. Theo contava aos duendes sobre os dinossauros, os monstros e sobre a cidade que tinha deixado para trás.
Adélia, sempre presente, observava tudo com um sorriso. Ela adorava ver Theo tão feliz e integrado àquele lugar mágico. À noite, sob a luz das estrelas, Adélia contava histórias para Theo sobre outras terras encantadas, enquanto ele, aconchegado em seus braços, já sonhava com as aventuras do dia seguinte.
Theo descobriu que mudar de casa não era tão assustador quanto parecia. Mudar era como virar a página de um livro e começar uma nova história, ainda mais emocionante que a anterior. E o melhor de tudo, era que ele podia levar consigo o amor da sua família, a amizade dos duendes e, claro, o seu fiel dinossauro Rex. Afinal, a casa é onde o coração está, e o coração de Theo, agora, estava cheio da magia da Ilha dos Duendes.
