Fifi, a tartaruga espacial de Maria, assobiava uma canção enquanto flutuava pela sala. Seus 54 anos de vida lhe davam uma serenidade incrível, e sua casca, que brilhava com luzes interestelares, tinha visto mais do universo do que Maria podia imaginar. Maria, com seus 6 anos de pura energia e curiosidade, amava Fifi mais do que tudo.
Naquela tarde ensolarada em Manaus, Maria estava em seu quarto, desenhando um lindo unicórnio. Ela o imaginava com sua crina brilhante como o sol e seu chifre espiralado como um arco-íris. De repente, Fifi parou de assobiar. Maria olhou para cima e viu um brilho diferente na casca da amiga.
- Fifi, o que é isso? - Maria perguntou, seus olhos brilhando de curiosidade.
A casca de Fifi se abriu e um holograma 3D surgiu, mostrando um castelo mágico flutuando em um céu estrelado. O castelo tinha torres altíssimas, pontes suspensas e bandeiras coloridas tremulando ao vento.
- Maria, este é o Castelo Encantado - Fifi explicou com sua voz robótica e suave. - Um lugar onde a magia é real e os sonhos se tornam realidade. Mas ele está em perigo e precisa da nossa ajuda!
Maria sentiu um frio na barriga, mas também uma onda de coragem tomar conta de seu coração. Ela sempre sonhou em viver uma aventura de verdade e ajudar aqueles que precisam.
- O que precisamos fazer, Fifi? - Maria perguntou, decidida.
- Precisamos ir até lá e usar toda a nossa coragem para salvar o Castelo! - respondeu Fifi. - Segure firme!
Fifi disparou um raio de luz da sua casca, envolvendo Maria em um casulo brilhante. Em um piscar de olhos, elas estavam voando pelo espaço, deixando a Terra para trás.
Ao chegarem no Castelo Encantado, viram que ele estava escuro e sem vida. As cores vibrantes que Maria viu no holograma haviam desaparecido. No pátio, encontraram um grupo de unicórnios tristes e cabisbaixos.
- O que aconteceu com o Castelo? - Maria perguntou, usando seu dom especial para falar com os animais.
- A Rainha Má roubou nosso brilho e nossa magia! - respondeu um unicórnio com lágrimas nos olhos. - Sem ela, o Castelo Encantado está condenado!
Maria e Fifi sabiam que precisavam agir rápido. Fifi usou seus sensores para localizar a Rainha Má, que estava escondida na torre mais alta do Castelo. Maria, com Fifi em seu ombro, atravessou corredores escuros e enfrentou desafios mágicos, usando sua coragem como escudo.
Finalmente, chegaram à torre da Rainha Má. A sala estava escura, iluminada apenas pela luz sinistra que emanava do cetro da rainha. Maria, com o coração batendo forte, confrontou a Rainha.
- Devolva a magia para o Castelo Encantado! - Maria exigiu, com a voz firme, apesar do medo.
A Rainha Má gargalhou e apontou o cetro para Maria, mas Fifi foi mais rápida. Ela disparou um raio de luz no cetro, quebrando-o em mil pedaços. A magia roubada voltou para o Castelo Encantado, preenchendo tudo com luz e cor. Os unicórnios voltaram a brilhar e a alegria tomou conta do Castelo.
Maria, exausta, mas feliz, se despediu dos novos amigos. Fifi a envolveu em outro casulo de luz e, em um instante, elas estavam de volta em seu quarto em Manaus.
Naquela noite, enquanto abraçava Fifi, Maria sabia que a coragem não era a ausência de medo, mas a força para enfrentá-lo e fazer o que era certo. E, mais importante, ela aprendeu que a amizade e a bondade eram as magias mais poderosas de todas.