A Música do Coelhinho

A Música do Coelhinho

Maria amava sábados! Era o dia da feira livre em Goiânia, e ela amava sentir o cheiro da natureza, das frutas fresquinhas e dos pastéis fritos na hora. Ela colocava seu vestido mais colorido, o que a fazia parecer uma princesa saída de um livro de histórias, e ia com sua mãe para a aventura da feira.

Fifi, seu cachorro de pelúcia (que na cabeça de Maria tinha 54 anos e cantava ópera), estava sempre ao seu lado. "Hoje vamos encontrar um duende da floresta vendendo brócolis!", Maria sussurrou para Fifi, que respondeu com um "Aaaaaah" abafado, já que estava debaixo do braço dela.

A feira estava ainda mais animada que o normal. Um senhor vendia melão cantando alto: "Olha o melão, doce como algodão!". Uma moça com um chapéu enorme cheio de flores gritava: "Tem cheiro verde fresquinho, colhido agora!".

De repente, um pulo! Maria olhou para o chão e viu uma bolinha de pelo branco passando entre as barracas. "Um coelho!", ela exclamou. Fifi, que estava distraído admirando um tomate gigante, se assustou e caiu no chão. "Não precisa gritar, Maria! Eu já estou velho para esses sustos!", ele resmungou.

Maria, esquecendo do tomate e até dos duendes, correu atrás do coelho. Ele era muito rápido e esperto, se escondendo debaixo das mesas e reaparecendo perto das cestas de frutas. A cada pulo do coelho, Maria ria e se divertia mais. Era como se ele estivesse brincando de esconde-esconde com ela!

Finalmente, o coelho parou em frente a uma barraquinha de cenouras. Ele olhou para Maria com seus olhinhos brilhantes e, para a surpresa dela, começou a falar! "Olá, você pode me ajudar? Perdi minha mãe nesta confusão e estou com muita fome!".

Maria, que sempre sonhou em falar com animais, ficou radiante! "Claro que ajudo! Você sabe como ela é?", perguntou, agachando-se para ficar do tamanho do coelho. O coelho, comendo um pedaço de cenoura, explicou que sua mãe tinha manchas pretas nas orelhas e cantava uma música engraçada.

Maria, usando seus superpoderes secretos de entender a linguagem animal, descobriu que a música era um tipo de "coelho-rap". Ela e o coelho, seguidos de perto por um Fifi ainda meio assustado com a cantoria do vendedor de melão, andaram pela feira, perguntando para outros coelhos se conheciam a mãe do pequeno fujão.

Finalmente, encontraram uma coelha com manchas pretas nas orelhas, roendo uma folha de couve com um ritmo familiar. "Mãe, mãe! Eu estou aqui!", gritou o coelhinho. A coelha, aliviada, abraçou o filho e agradeceu a Maria com um abraço quentinho.

De volta para casa, Maria estava feliz. A feira livre, além de ter os melhores cheiros e cores do mundo, também era um lugar mágico, cheio de surpresas e aventuras! E ela mal podia esperar pelo próximo sábado, para descobrir que novas histórias a natureza estava pronta para contar.

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