"Uma meia aqui, um carrinho ali... pronto!", Arthur cantarolava enquanto organizava seus brinquedos no chão da sala. Era noite de brincar de organização, uma ideia da Yuna, sua gata mágica e um pouco misteriosa! Yuna não falava como as outras gatas, ela miava palavras secretas que só Arthur entendia.
"Miaaaau-tudo-pronto?", Yuna perguntou, roçando a cabeça no braço de Arthur.
"Quase!", Arthur respondeu, empilhando seus livros favoritos. De repente, um vento gelado soprou pela janela, espalhando os brinquedos e livros por todos os lados. As luzes da casa piscaram e, por um instante, Arthur viu um vulto felino gigante passar pela sala.
"Yuna, você viu aquilo?", Arthur perguntou, um pouco assustado. Yuna arqueou as costas, seus olhos brilhando como duas bolas de gude verdes. "Miaaaau-vamos-descobrir!", ela respondeu.
Arthur e Yuna seguiram o rastro de brinquedos espalhados até o quarto. A porta estava entreaberta, e um ruído estranho vinha lá de dentro. Parecia um miado... mas muito alto, como um rugido!
Com o coração batendo forte, Arthur abriu a porta devagar. O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela. E lá, no meio da bagunça de brinquedos, estava um gato gigante! Ele era peludo e preto como a noite, com olhos que brilhavam como brasas.
Arthur queria gritar, mas as palavras ficaram presas na sua garganta. Yuna, no entanto, se aproximou do gato gigante sem medo e ronronou suavemente. O gato gigante olhou para Yuna e, para a surpresa de Arthur, sorriu!
"Não tenham medo, pequeninos", o gato gigante falou com uma voz rouca. "Eu sou o Bagunça, o guardião da organização."
"Guardião da organização?", Arthur repetiu, confuso. Bagunça soltou uma risada que parecia um trovão distante.
"Parece contraditório, não é? Mas a organização não é só guardar as coisas. É também organizar os pensamentos, os sonhos... e até mesmo os medos!", Bagunça explicou, piscando um olho gigante para Arthur.
Arthur percebeu que Bagunça não era assustador, apenas um pouco bagunceiro! Ele e Yuna passaram o resto da noite conversando com Bagunça, que contou histórias incríveis sobre lugares mágicos e criaturas fantásticas.
Antes de desaparecer na primeira luz da manhã, Bagunça deixou um presente para Arthur: uma caixa cheia de sonhos coloridos.
"Para que você nunca esqueça a importância da organização... e da imaginação!", Bagunça disse com um sorriso.
Arthur acordou na manhã seguinte com a caixa de sonhos ao seu lado. Ele sabia que a noite anterior não tinha sido um sonho, pois a casa ainda estava um pouco bagunçada! Mas, de alguma forma, a bagunça não parecia mais tão assustadora. Era apenas um lembrete de uma aventura mágica e de uma lição importante sobre organização... e sobre a beleza de uma boa história antes de dormir!