A Noite Mágica nas Nuvens

A Noite Mágica nas Nuvens

Duda olhava pela janela. A lua brilhava tanto que parecia um sorvete gigante de creme no céu! De repente, um vento diferente soprou, balançando as cortinas e fazendo cócegas no nariz de Duda. Era um vento cheiroso, com perfume de chiclete de morango e algodão doce! Curiosa, Duda abriu a janela.

Filó, seu fiel cachorro de pelúcia (que tinha 54 anos e já era quase um vovô!), pulou na cama, latindo animado. Ele adorava uma aventura! E Duda sabia que aquela noite não seria diferente. Do lado de fora, flutuava uma escadinha feita de nuvens, brilhando como purpurina!

– Uau! Será que é um sonho? – Duda sussurrou.

Lembre-se que coragem é ouvir seu coração! E o coração de Duda dizia: “Vamos subir!”. Então, segurando Filó com força, ela começou a subir, degrau por degrau, a escada macia e fofa.

No topo, uma surpresa! Duda estava em um lugar incrível, onde as nuvens eram cor de rosa e lilás, e tudo era iluminado por vaga-lumes gigantes que pareciam estrelinhas. E o melhor: era tudo macio e quentinho como um edredom!

De repente, Duda viu várias silhuetas pulando entre as nuvens. Eram os Duendes! Eles eram pequenininhos, com chapéus pontudos e orelhas pontudas também. Pareciam um pouco assustadores, mas ao mesmo tempo, muito divertidos!

Um deles, com um bigode enorme e engraçado, se aproximou:

– Olá! Bem-vinda às Nuvens Mágicas! – disse ele com uma voz esganiçada. – Você é corajosa em vir nos visitar!

Duda, ainda um pouco tímida, respondeu:

– Obrigada! É tudo tão lindo! Mas… por que vocês parecem estar… escondidos?

O Duende suspirou:

– Ah, é que tem um Bicho-Papão de Escuridao que mora numa nuvem cinza lá longe. Ele não gosta de luzes e cores, então, ficamos sempre escondidos para ele não nos pegar!

Duda olhou para Filó, que parecia preocupado.

– Mas e se a gente trouxesse mais luz para cá? – perguntou Duda, com uma ideia brilhante.

– Mais luz? – os Duendes se entreolharam, surpresos.

– Sim! – Duda pegou seu giz de cera mágico (que a vovó tinha dado) e começou a desenhar estrelas, corações e unicórnios coloridos nas nuvens. Filó, animado, pulava e latia, ajudando a espalhar as cores com o rabo.

Conforme Duda desenhava, as nuvens ao redor ficavam mais brilhantes e coloridas, iluminando tudo! Os Duendes vibravam de alegria! A coragem de Duda, como uma faísca, estava contagiando a todos!

De repente, um rugido assustador ecoou pelo céu! Uma nuvem negra e gigante se aproximava! Era o Bicho-Papão de Escuridao! Duda sentiu um frio na barriga. Mas então, lembrou de sua varinha de princesa. Apontando para a nuvem escura, ela gritou:

– Luz, estrelinhas, brilhem mais! Espantem o medo, tragam paz!

Um feixe de luz poderoso, como um arco-íris, saiu da varinha, atingindo em cheio o Bicho-Papão de Escuridao! Ele começou a encolher, encolher, até virar uma bolinha cinza minúscula que desapareceu no céu.

Os Duendes comemoravam, jogando Duda e Filó para cima em uma chuva de confetes de nuvens! Duda nunca tinha sentido tanta alegria!

Mas já era hora de ir. Os Duendes se despediram com abraços apertados e, num piscar de olhos, Duda e Filó estavam de volta ao seu quarto, a escada de nuvens desaparecendo no céu.

Duda olhou para Filó, com um sorriso:

– Que aventura incrível, né, Filó? Aprendi que a coragem pode vencer qualquer medo!

E abraçada em seu fiel amigo de pelúcia, Duda fechou os olhos, levando para seus sonhos as cores e a magia das Nuvens Mágicas!

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