Duda amava brincar no quintal de sua casa em Salvador. Era um lugar mágico, cheio de plantas, vasos coloridos e espaço de sobra para suas aventuras. Naquele dia, porém, algo estava diferente. O vento sussurrava entre as folhas, e as sombras das árvores pareciam dançar. Duda sentiu um arrepio, mas lembrou-se do que sua mãe sempre dizia: "A coragem nasce quando enfrentamos nossos medos".
De repente, Duda viu algo brilhante no canto do quintal. Era um lindo diadema, brilhando sob um raio de sol. Duda se aproximou cautelosamente e pegou o diadema. No mesmo instante, sentiu uma energia percorrer seu corpo. Olhou para baixo e, para sua surpresa, estava usando um vestido de princesa!
"Uau!", exclamou Duda. Ela rodopiou, sentindo a saia do vestido voar. "Eu sou uma princesa de verdade!"
Nesse momento, Duda viu uma figura parada perto do muro. Era um príncipe, vestido com roupas elegantes e uma capa esvoaçante. Ele sorriu para Duda, e ela sentiu seu coração bater mais forte.
"Olá, princesa", disse o príncipe, com uma voz suave. "Eu estava esperando por você."
Duda ficou um pouco assustada, mas se lembrou da importância da autoconfiança. Respirou fundo e respondeu: "Esperando por mim? Quem é você?"
"Sou o Príncipe Lucas", ele se apresentou, fazendo uma pequena reverência. "Este quintal é mágico, sabia? Ele conecta o nosso mundo ao seu."
Duda arregalou os olhos, surpresa. "Sério? Que legal!"
O Príncipe Lucas assentiu. "Mas cuidado, princesa. Este lugar também guarda muitos mistérios. Você precisa ser corajosa."
De repente, um barulho estranho ecoou pelo quintal. Parecia um gemido, vindo de trás de um velho baú de madeira. Duda e o Príncipe Lucas se entreolharam, apreensivos.
Yuna, a cachorrinha de Duda, começou a latir, os pelos do seu lombo eriçados. Ela era uma cachorrinha muito esperta e sempre sabia quando algo estranho estava acontecendo.
"O que será que foi isso?", Duda perguntou, abraçando Yuna, que tremia um pouco.
"Não sei", respondeu o Príncipe Lucas, com a mão na espada. "Vamos investigar."
Com cuidado, os três se aproximaram do baú. Yuna latia sem parar, mas Duda tentava acalmá-la. O Príncipe Lucas, com um movimento rápido, abriu o baú de uma vez.
Para surpresa de Duda, o baú estava vazio! Só havia algumas folhas secas e poeirentas lá dentro. O gemido havia desaparecido, e tudo ficou silencioso novamente.
"Que estranho...", Duda murmurou, confusa.
O Príncipe Lucas examinou o baú cuidadosamente. "Parece que era só o vento", ele disse, por fim. "Mas é bom ficarmos atentos. Este quintal pode nos pregar peças."
Duda concordou, ainda sentindo um friozinho na barriga. Yuna continuava inquieta, farejando o ar ao redor do baú. De repente, Duda percebeu que o dia estava escurecendo.
"Príncipe Lucas", ela disse, "está ficando tarde. Acho que preciso ir para casa."
"Claro, princesa", respondeu o Príncipe Lucas. "Mas voltaremos a nos encontrar aqui? Este quintal guarda muitas aventuras para nós."
Duda sorriu. "Com certeza! Adorei te conhecer e descobrir os segredos deste lugar."
O Príncipe Lucas a acompanhou até a porta de casa. Antes de Duda entrar, ele se despediu com um sorriso e desapareceu num piscar de olhos. Duda entrou em casa, ainda maravilhada com as descobertas que havia feito naquele dia. Ela sabia que o quintal nunca mais seria o mesmo. Era um lugar mágico, cheio de mistérios e aventuras, e ela estava pronta para enfrentá-los com coragem e autoconfiança. Afinal, ela era Duda, a Princesa do Quintal Assombrado!
