Pogo, o cachorro de Arthur, não era um cachorro qualquer. Ele tinha 54 anos de idade canina, o que, segundo seus cálculos, o tornava um cachorro espacial! Pogo sonhava em ser um unicórnio e acreditava que, se latisse alto o suficiente para o céu, um arco-íris mágico o transformaria. Arthur, com seus 3 anos de pura esperteza, adorava observar as aventuras imaginárias de seu amigo peludo.
Naquela manhã, a mãe de Arthur anunciou: "Hora de ir ao médico, Arthur!". Arthur, geralmente um menino tranquilo e sonhador, fez um beicinho. Ir ao médico significava sair da sua ilha de sonhos, que era sua casa, e ele amava seus sonhos! Mas sua mãe explicou: "Ir ao médico é importante, Arthur! É como uma checagem para termos certeza de que estamos saudáveis e fortes para brincar!".
Enquanto se preparavam para sair, Pogo começou a latir sem parar para uma palmeira no quintal. "Você acha que essa palmeira é um portal para outra dimensão, Pogo?", Arthur perguntou, os olhos brilhando de curiosidade. De repente, um vento forte e colorido tomou conta do quintal! Quando a ventania passou, Arthur e Pogo se encontraram em um lugar completamente diferente: uma ilha deserta, com areia branquinha, mar azul e... a palmeira do quintal deles!
"Uau!", exclamou Arthur, maravilhado. Pogo latiu, certo de que finalmente havia encontrado o arco-íris mágico. Na praia, viram pegadas estranhas e coloridas, que brilhavam sob o sol. "Pogo, essas pegadas não são nossas!", Arthur sussurrou, segurando a pata de Pogo com força. De repente, seres coloridos e diferentes de tudo que já tinham visto saíram de trás de uma palmeira. Tinham antenas que brilhavam, pele verde e falavam uma língua muito engraçada!
Arthur, tímido, se escondeu atrás de Pogo, que, corajoso, latiu para os seres. Mas, para a surpresa deles, os seres responderam com uma risada! "Nós somos os Zeebleplex!", um deles disse, em português perfeito. "Viemos do planeta Zorgon para... uma consulta médica!".
Arthur e Pogo se entreolharam, confusos. Seres de outro planeta que precisavam ir ao médico? Os Zeebleplex explicaram que, em Zorgon, os médicos eram muito sérios e não gostavam de crianças. Já na Terra, os médicos eram legais e cuidavam de todos com carinho!
"Então vocês viajaram até aqui só para ir ao médico?", Arthur perguntou, incrédulo. "Exatamente!", respondeu um Zeebleplex, com um sorriso banguela.
Naquele momento, Arthur entendeu que ir ao médico não era algo ruim, mas sim um ato de cuidado e carinho, que até seres de outro planeta valorizavam! Ele pegou a mão de Pogo e, corajosamente, se aproximou dos Zeebleplex. "Vamos ao médico juntos!", ele exclamou.
E assim, numa aventura inusitada, Arthur, Pogo e os Zeebleplex foram juntos ao médico. Arthur aprendeu que, às vezes, as coisas mais importantes são aquelas que cuidam da gente, e que a amizade pode surgir nos lugares mais inesperados, até em uma ilha deserta com seres de outro planeta!
Ao final do dia, de volta ao quintal de casa, Arthur olhou para Pogo e disse: "Sabe, Pogo, ir ao médico não foi tão ruim assim!". Pogo latiu em concordância, ainda sonhando em se transformar em um unicórnio, mas feliz por ter vivido mais uma aventura ao lado de seu melhor amigo.
