Era uma vez uma criança chamada Bernardo e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas. A casa era pequena, mas aconchegante, com paredes de pedra e um telhado de madeira que parecia querer tocar as nuvens. Do lado de fora, um jardim florido enchia o ar com o cheiro de rosas e lavanda, e Bernardo adorava brincar entre as flores e as árvores.
Bernardo era um menino de sete anos, com cabelos loiros e ondulados que pareciam raios de sol e olhos azuis como o céu. Ele era muito curioso e adorava tudo o que tinha a ver com o espaço. Passava horas olhando para as estrelas e sonhando com foguetes, planetas e astronautas. Mas, mais do que tudo, Bernardo amava sua avó! Ela era uma mulher doce e carinhosa que sempre o mimava e lhe contava histórias maravilhosas. A avó de Bernardo tinha costurado um capuz vermelho para ele se proteger do frio e, por isso, todos o chamavam de Chapeuzinho Vermelho. O capuz ficava lindo em Bernardo, realçando a beleza de seus cabelos loiros e olhos azuis.
Um dia, a mãe de Bernardo lhe pediu para levar uma cesta com comidas gostosas para a avó, que estava um pouco doente e precisava de cuidados. "Vá pelo caminho da estrada, meu bem, é mais longo, mas mais seguro!", disse a mãe. Mas Bernardo, com sua curiosidade, queria ir pelo caminho da floresta. A floresta era linda, com árvores altas e escuras, e Bernardo amava explorar seus mistérios. Sua mãe fez uma cesta cheia de delícias: bolo de laranja, biscoitos de chocolate, pão de queijo e frutas fresquinhas. "Nada melhor do que uma comida feita com amor para melhorar qualquer doença!", disse a mãe de Bernardo com um sorriso.
Bernardo, ou melhor, Chapeuzinho Vermelho, saiu de casa com seu capuz e a cesta de comidas, prometendo que voltaria no dia seguinte. Ele resistiu à tentação de comer alguma coisa da cesta, pois estava muito ansioso para ver sua avó.
Logo que Bernardo saiu de casa, encontrou um lobo. O lobo era enorme e com dentes afiados, mas fingia ser gentil. "Onde você está indo, menino?", perguntou o lobo. "Estou levando comidinhas para minha avó, que está doente", respondeu Bernardo. "Que pena! Eu também vou visitar minha avó, que mora perto da sua. Vou por este caminho da floresta, mais rápido!", disse o lobo, se despedindo de Bernardo e seguindo seu caminho. Bernardo, confiante, seguiu pela estrada, achando que o caminho era mais seguro. Mas o que ele não sabia era que o lobo tinha pego o caminho da floresta e pretendia chegar na casa da avó antes dele. E assim aconteceu.
O lobo chegou à casa da avó e, com uma mordida só, a comeu! Em seguida, ele vestiu as roupas da avó, deitou-se na cama e esperou por Bernardo. Quando Bernardo chegou à casa da avó, viu a porta entreaberta e ouviu uma voz fraca: "Entre, meu bem!". Bernardo entrou e se assustou com a aparência da avó. "Avó, seus olhos estão tão grandes!", disse Bernardo. "É para te ver melhor, meu querido", respondeu o lobo, imitando a voz da avó. "Avó, seu nariz está tão grande!", continuou Bernardo. "É para sentir melhor seu cheiro, meu amor", respondeu o lobo. "Avó, sua boca está tão grande!", exclamou Bernardo, se aproximando da cama. O lobo, sem perder a oportunidade, abriu a boca em um sorriso enorme e disse: "É para te sentir melhor, meu bem!". E de uma vez, avançou em Bernardo!
Justo nesse momento, um senhor andava pela floresta. Era um sábio lenhador, que tinha poderes mágicos! O senhor escutou o grito de Bernardo e, correndo até a casa, viu o lobo prestes a comer a criança. Antes que o lobo pudesse fazer algo, o lenhador entrou na casa e o encantou, fazendo com que ele se tornasse manso e dócil. O lobo se deitou no chão e dormiu profundamente.
Bernardo, aliviado e em segurança, contou ao lenhador tudo o que tinha acontecido. O lenhador, com um sorriso gentil, disse: "Não há maldade que vença a bondade!". E, apenas mexendo suas mãos, tirou a avó da barriga do lobo! A avó, fraca, mas viva, abraçou Bernardo com força.
Bernardo, que vestia seu capuz vermelho, cobrindo seu cabelo ondulado, agradeceu ao lenhador e ofereceu as comidas gostosas que sua mãe tinha preparado. Naquela noite, Bernardo, sua avó e o lenhador mágico se deliciaram com as comidas feitas pela mãe de Bernardo.
E não é que essa história deu fome?