Era uma vez uma criança chamada Henrique e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas. A casa era pequena, mas aconchegante, com paredes de pedra e um telhado de madeira que rangia com o vento. Henrique amava sua casa! A janela da sala de estar tinha uma vista incrível das montanhas e da floresta verdejante.
Henrique adorava brincar de dragões! Ele passava horas imaginando que era um dragão voando pelo céu, soltando fogo por sua boca. Mas mais do que tudo, Henrique amava sua avó! Ela era a pessoa mais gentil e carinhosa que ele conhecia. Ela tinha costurado um capuz vermelho para que Henrique se protegesse do frio, e por isso, todos chamavam Henrique de Chapeuzinho Vermelho! O capuz ficava muito bem em Henrique, realçando seus cabelos pretos e crespos e seus olhos pretos brilhantes.
Certo dia, a mãe de Henrique pediu à criança que fosse até a casa de sua avó, que ficava em outro vale. A avó de Henrique estava um pouco doente e precisava de cuidados. "Henrique, você pode levar esta cesta para sua avó? Ela está um pouco gripada e precisa de carinho." A mãe de Henrique disse. "Mas o caminho da floresta é muito perigoso!", continuou a mãe, preocupada. "Vá pelo caminho da estrada, é mais longo, mas é seguro!"
Henrique, que era muito valente, respondeu: "Não se preocupe, mãe! Eu vou cuidar da vovó!" E assim, a mãe de Henrique preparou uma cesta com várias comidas deliciosas para que Henrique pudesse cuidar bem de sua avó. Nada melhor do que uma comida feita com amor para melhorar qualquer doença! Henrique, ou melhor, Chapeuzinho Vermelho, pegou sua cesta e seu capuz vermelho, e saiu de casa, dizendo: "Volto amanhã, mãe!" Ele resistiu à tentação de comer as guloseimas da cesta, pois sabia que sua avó precisava mais delas.
Assim que Henrique saiu de casa, encontrou um lobo! O lobo, que era malvado, mas fingia ser gentil, perguntou: "Onde você está indo, meu querido?" Henrique, sem desconfiar, respondeu: "Estou levando comidinhas para a minha avó, que está doente." O lobo sorriu maliciosamente e disse: "Que bom! Eu também vou visitar minha avó. Vou pelo caminho da floresta, e você vá pelo caminho da estrada, ok?" E assim, o lobo se despediu de Henrique e seguiu seu caminho, enquanto Henrique continuava caminhando pela estrada, com seu capuz vermelho e sua cesta de guloseimas.
Henrique seguiu pelo caminho mais longo, mas mais seguro. O que ele não sabia era que o lobo tinha pego o caminho da floresta e pretendia chegar na casa de sua avó antes da criança. E assim aconteceu! O lobo chegou na casa da avó e, com uma mordida só, a comeu! A pobre senhora nem teve tempo de gritar!
Quando Henrique chegou à casa de sua avó, encontrou a porta entreaberta. Ele chamou: "Vovó, estou aqui com as comidinhas!" O lobo, vestido com as roupas da avó, fingiu ser ela e respondeu com uma voz rouca: "Entre, meu bem!" Henrique entrou e, ao ver sua avó, achou que algo estava errado. "Vovó, que olhos grandes você tem!", exclamou Henrique. "É para te ver melhor, meu bem!", respondeu o lobo disfarçado. "Vovó, que nariz grande você tem!", perguntou Henrique. "É para sentir melhor seu cheiro, meu bem!", disse o lobo. "Vovó, que boca grande você tem!", perguntou Henrique. O lobo não perdeu a oportunidade e, de uma vez, avançou em Henrique e disse: "É para te comer melhor, meu bem!"
Nesse momento, um senhor andava pela floresta. Era um sábio lenhador, que tinha poderes mágicos! Ele escutou Henrique em apuros e correu para a casa. Antes que o lobo pudesse comer Chapeuzinho Vermelho, o lenhador entrou na casa e conseguiu salvar a criança! O lenhador usou seus poderes mágicos para encantar o lobo, fazendo com que ele se tornasse manso e dócil. Ele o colocou para dormir e, então, perguntou a Henrique: "O que aconteceu, meu jovem?"
Henrique contou ao lenhador que o lobo tinha comido sua avó! O lenhador sorriu e disse: "Não há maldade que vença a bondade!" E apenas mexendo suas mãos, tirou a avó da barriga do lobo! A avó voltou a vida, saudável e feliz! Henrique abraçou sua tão amada avó, com lágrimas de alegria nos olhos. Henrique, que vestia seu capuz vermelho, cobrindo seu cabelo crespo, agradeceu o lenhador e ofereceu as comidas gostosas que sua mãe tinha preparado.
Naquela noite, Henrique, sua avó e o lenhador mágico se deliciaram com as comidas feitas pela mãe de Henrique. E não é que essa história deu fome?
