Era uma vez uma criança chamada Júlia e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas… A casa deles era bem pequena, mas cheia de luz e aconchego. As janelas tinham cortinas de renda e as paredes eram pintadas de um azul claro, que lembrava o céu. Júlia adorava olhar para as estrelas do alto da montanha. Ela imaginava que cada estrela era um pontinho de luz mágico, brilhando para ela. Mas mais do que as estrelas, Júlia amava sua avó! A avó de Júlia era uma mulher muito gentil e carinhosa. Ela tinha costurado um capuz vermelho para Júlia, para que a menina se protegesse do frio da montanha. Todos a chamavam de Chapeuzinho Vermelho, e o capuz vermelho combinava perfeitamente com seus olhos castanhos e cabelo castanho encaracolado!
Certo dia, a mãe de Júlia pediu para a menina ir até a casa de sua avó, que ficava em outro vale. A avó de Júlia estava um pouco doente e precisava de cuidados. “Vá pelo caminho da estrada, meu bem. É mais longo, mas é mais seguro”, disse a mãe. Júlia, com seu olhar sonhador, concordou, e foi logo preparando uma cesta com várias comidas deliciosas para sua avó. Nada melhor do que uma comida feita com amor para melhorar qualquer doença! Júlia, ou melhor, Chapeuzinho Vermelho, saiu de casa com seu capuz e a cesta de comidas, e prometeu voltar no dia seguinte. Ela resistiu à tentação de comer algo durante o caminho. Era difícil, mas Júlia sabia que sua avó precisava mais daquela comida do que ela!
Logo que saiu de casa, Chapeuzinho Vermelho encontrou um lobo. O lobo era malvado, mas fingia ser gentil. “Onde você vai, menina?”, perguntou ele. Júlia contou que estava levando comidinhas para sua avó. O lobo sorriu e se despediu, seguindo seu caminho. Júlia seguiu pelo caminho mais longo, mas mais seguro… Mas o que Júlia não sabia era que o lobo tinha pego o caminho da floresta e pretendia chegar na casa de sua avó antes dela. E assim aconteceu!
O lobo chegou na casa da avó e, num piscar de olhos, a engoliu de uma só mordida! Depois, ele vestiu as roupas da avó, deitou na cama e esperou por Chapeuzinho Vermelho. Quando Júlia chegou, viu sua avó na cama, mas algo parecia estranho. “Vovó, que olhos grandes você tem!”, exclamou Júlia. “É para te ver melhor, minha querida”, respondeu o lobo, disfarçado de avó. “E que nariz grande você tem!”, continuou Júlia. “É para sentir melhor seu cheiro!”, disse o lobo, sorrindo maldosamente. “E que boca grande você tem!”, gritou Júlia, assustada. “É para te comer!”, respondeu o lobo, e de uma vez, avançou em Júlia!
Mas de repente, um senhor andava pela floresta. Era um sábio lenhador, que tinha poderes mágicos! Ele escutava Júlia em apuros e, antes que o lobo pudesse comer Chapeuzinho Vermelho, entrou na casa. O lenhador era forte e esperto. Ele conseguiu encantar o lobo, fazendo com que ele se tornasse manso e dócil, e o colocou para dormir. Júlia contou tudo ao lenhador, e ele sorriu, dizendo: “Não há maldade que vença a bondade!”. E mexendo suas mãos mágicas, tirou a avó da barriga do lobo!
Júlia abraçou sua tão amada avó, feliz por tê-la de volta! Ela agradeceu ao lenhador e ofereceu as comidas gostosas que sua mãe tinha preparado. Naquela noite, Júlia, sua avó e o lenhador mágico se deliciaram com as comidas feitas pela mãe de Júlia. E não é que essa história deu fome?