Era uma vez uma criança chamada Matheus e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas. A casa era pequena, mas aconchegante, com paredes de madeira e um telhado de telhas vermelhas. De manhã, a luz do sol entrava pelas janelas e iluminava a sala, onde Matheus brincava com seus robôs. Ele amava robôs! Tinham braços e pernas que se moviam, luzes coloridas e faziam barulhos engraçados.
Mas mais do que tudo, Matheus amava sua avó! Ela morava em um vale um pouco distante, e Matheus sempre a visitava quando podia. A avó de Matheus tinha costurado um capuz vermelho para ele, para que se protegesse do frio. Ela dizia que ele era seu "Chapeuzinho Vermelho". O capuz combinava perfeitamente com seus cabelos crespos e olhos pretos.
Um dia, a mãe de Matheus disse: "Matheus, sua avó está um pouco doente. Você pode levá-la essa cesta com comidinhas? Ela precisa de cuidados". Matheus sempre foi um pouco tímido, mas amava sua avó muito e queria ajudá-la.
"Claro, mãe!", disse Matheus. "Vou levar a cesta para a vovó. Ela vai ficar bem melhor com essas delícias que você preparou!" A cesta estava cheia de coisas gostosas: bolo, biscoitos, frutas e um pote de geleia de morango. Matheus pegou a cesta e colocou no braço, e sua mãe colocou o capuz vermelho em sua cabeça. "Volte amanhã, meu bem!", disse a mãe. Matheus deu um abraço nela, e então saiu de casa.
Mal saiu da porta, Matheus encontrou um lobo. Era um lobo grandão, com pelos cinzentos e olhos amarelos brilhantes. "Onde você vai, Chapeuzinho Vermelho?", perguntou o lobo, com uma voz doce. "Vou visitar minha avó, que está doente", respondeu Matheus. "Que pena! Mas que caminho você vai pegar?", perguntou o lobo. "Vou pelo caminho da estrada", disse Matheus. "É mais longo, mas mais seguro." O lobo sorriu e disse: "Até mais, Chapeuzinho Vermelho!", e foi embora.
Matheus seguiu pela estrada, observando as flores coloridas que nasciam nas beiradas. Mas o que ele não sabia era que o lobo tinha pegado o caminho da floresta e estava indo direto para a casa de sua avó. E assim aconteceu! O lobo chegou à casa da avó de Matheus, bateu na porta e a avó, um pouco fraquinha, abriu. Num piscar de olhos, o lobo comeu a pobre senhora em uma mordida só!
Depois, o lobo vestiu as roupas da avó, deitou na cama e esperou Chapeuzinho chegar. Quando Matheus chegou à casa da avó, bateu na porta. "Pode entrar, meu bem!", disse o lobo, imitando a voz da avó. Matheus entrou e, olhando para a cama, viu sua avó. "Vovó, que olhos grandes você tem!", exclamou Matheus. "É para te ver melhor, meu bem", respondeu o lobo, fingindo ser a avó.
"Vovó, que nariz grande você tem!", disse Matheus. "É para sentir melhor seu cheiro", respondeu o lobo. "Vovó, que boca grande você tem!", disse Matheus. "É para..." O lobo não conseguiu terminar a frase. De uma vez, ele abriu a boca enorme e engolfou Chapeuzinho Vermelho!
Justo nesse momento, um senhor andava pela floresta. Era um lenhador sábio, que tinha poderes mágicos! Ele ouviu os gritos de Matheus e correu para dentro da casa. "Pare com isso, lobo malvado!", gritou o lenhador. O lenhador usou seus poderes mágicos e fez com que o lobo ficasse manso e dócil. O lobo, agora calmo, se deitou no chão.
"O que aconteceu, Chapeuzinho Vermelho?", perguntou o lenhador. Matheus contou tudo ao lenhador: como o lobo tinha comido a avó, como o lobo tinha se vestido com as roupas da avó, como ele quase tinha sido comido pelo lobo! O lenhador sorriu e disse: "Não se preocupe, Chapeuzinho Vermelho. Não há maldade que vença a bondade!"
O lenhador mexeu suas mãos com um gesto mágico e, de dentro da barriga do lobo, saiu a avó, viva e salva! Matheus abraçou sua avó com força e agradeceu ao lenhador. "Obrigada por me salvar, senhor!", disse Matheus. O lenhador sorriu e disse: "De nada, Chapeuzinho Vermelho. E aproveite essas comidinhas gostosas que sua mãe preparou!"
Naquela noite, Matheus, sua avó e o lenhador mágico se deliciaram com as comidas feitas pela mãe de Matheus. E não é que essa história deu fome?