João e o pé de feijão com Catarina

João e o pé de feijão com Catarina

Catarina e João adoravam ser vizinhos! As casas deles ficavam bem perto, em João Pessoa, e, apesar de serem crianças, já eram grandes amigas. João morava numa casa com um quintal enorme, todo gramado, que no passado era cheio de vacas e galinhas. Hoje, só restava a Branca, uma vaca muito simpática que João cuidava com carinho.

A mãe de João não tinha muito dinheiro, e às vezes o leite da Branca era tudo o que eles comiam. Mas Catarina sempre levava lanches para João quando ia brincar no quintal, e a mãe dele ficava muito grata. João adorava correr e brincar de pega-pega, enquanto Catarina era fascinada por borboletas. No dia em que a história aconteceu, eles estavam observando as borboletas coloridas que voavam no quintal, quando a mãe de João chamou João.

"João, meu filho", disse a mãe, "precisamos vender a Branca. O leite não está dando mais para nossas necessidades. Precisamos de algo mais". João ficou triste. Ele amava a Branca! Catarina, sempre curiosa, perguntou: "O que a gente pode fazer para ajudar?".

"Eu tenho uma ideia!", exclamou João. "Vamos levá-la para a feira e tentar vendê-la!" Catarina concordou, e os dois saíram correndo em direção à feira. No caminho, passando por uma esquina, eles encontraram um senhor simpático.

"Olá, crianças!", disse o senhor com um sorriso. "Vocês têm uma vaca para vender? Eu tenho algo muito especial para trocar!"

Catarina, sempre curiosa, perguntou: "O que você tem?".

"Eu tenho feijões mágicos", respondeu o senhor. "Se vocês me derem a Branca, eu dou a vocês estes feijões. Eles são mágicos!".

João e Catarina se olharam. "Feijões mágicos?", perguntou João. "Mas como eles são mágicos?".

"Vocês vão ver", respondeu o senhor. "Plantem-nos, e vocês terão tudo o que desejarem!".

João e Catarina pensaram por um segundo. "Feijões podem alimentar mais gente do que o leite da Branca", disse Catarina. "Vamos fazer isso!".

Os dois voltaram para casa, e João contou para sua mãe sobre os feijões mágicos. Mas quando a mãe de João ouviu a história, começou a chorar. "Meu filho, você foi enganado!", disse ela. "Aquele senhor é um vigarista! Ele só quer a Branca para vender por um bom preço!".

Catarina, preocupada, consolou a mãe de João. João, muito triste, se deitou na cama. "Eu não devia ter trocado a Branca pelos feijões", pensou ele.

De noite, João, com raiva, jogou os feijões pela janela. "Eu não quero mais saber de feijões mágicos!", gritou ele.

Na manhã seguinte, João acordou e viu algo incrível no quintal! Um pé de feijão gigante, tão alto que chegava até as nuvens, havia crescido durante a noite! A mãe de João ficou surpresa, mas não se preocupou. Ela pediu para João ir brincar com Catarina, e os dois, cheios de curiosidade, resolveram escalar o pé de feijão.

A subida foi longa e cansativa, mas Catarina, com sua energia de criança, não desistiu. "João, olha só!", exclamou Catarina. "A gente está quase nas nuvens!".

Depois de muito tempo, finalmente eles chegaram ao topo do pé de feijão. E lá, nas nuvens, estava um grande castelo! Uma senhora enorme, muito alta, os recebeu na porta.

"Bem-vindos ao meu castelo", disse a senhora. "Vocês estão muito longe de casa, crianças. Mas cuidado! Meu marido é um gigante que se alimenta de crianças!".

João e Catarina ficaram assustados. De repente, o chão começou a tremer. O gigante estava chegando! João e Catarina correram para se esconder, e encontraram um pequeno cômodo. No chão, havia algumas moedas de ouro. João, rápido, as colocou no bolso.

"João, vamos correr!", gritou Catarina.

Os dois saíram correndo do castelo e desceram o pé de feijão o mais rápido que puderam. "Ufa!", exclamou João. "Que susto!".

"Ainda bem que a gente conseguiu escapar", disse Catarina. "Mas meu Jardim Mágico é muito mais legal que esse lugar!".

João concordou. "Eu sei", disse ele. "Vamos viver de forma simples, com as moedas que eu peguei, e quando acabar o dinheiro, a gente sobe no pé de feijão de novo!".

Assim, João e sua mãe viveram de forma simples, mas confortável, com as moedas de ouro. A mãe de João, com os ovos de ouro que João trazia de vez em quando, preparava um bolo delicioso para Catarina. "Na minha casa, a gente vai ficar muito feliz com esse bolo!", disse Catarina, sempre curiosa.

Mas as moedas de ouro acabaram, e João e Catarina, cheios de coragem, resolveram subir no pé de feijão de novo. Desta vez, eles foram mais espertos. Eles entraram no castelo e se esconderam na cozinha. O gigante estava lá, cuidando de uma pata gorda.

"João, olha só!", sussurrou Catarina. "A pata está botando ovos de ouro!".

João e Catarina esperaram o gigante ir dormir, e então, com muito cuidado, pegaram a pata. A pata não fez nenhum barulho, e eles conseguiram descer com ela. "A gente conseguiu, João!", gritou Catarina.

"A gente conseguiu!", repetiu João. "Agora a gente vai ter ovos de ouro para sempre!".

A mãe de João ficou muito feliz com a pata gorda. "Obrigada, meus queridos", disse ela. "Agora a gente nunca mais vai passar fome!".

Mas João viu uma harpa de ouro na saída do castelo, e pensou que dessa vez, iria sozinho. No dia seguinte, ele não foi brincar com Catarina e subiu no pé de feijão. Ele queria ser rápido, pois sabia onde a harpa estava. Mas, desta vez, o gigante o esperava na porta.

"João, cuidado!", gritou Catarina, que não conseguia mais subir no pé de feijão.

O gigante correu atrás de João, mas ele conseguiu descer o pé de feijão e voltar para casa. João, muito aflito, contou tudo para Catarina.

"O gigante está querendo me pegar!", disse João, chorando.

Catarina, com sua mente de criança, pensou rápido. "A gente precisa cortar o pé de feijão!", exclamou ela. "Assim, o gigante nunca mais vai poder descer!".

João concordou. "É isso! Mas como a gente vai cortar um pé de feijão tão alto?".

Catarina, com apenas 5 anos, pegou uma machadinha e, com muita força, começou a cortar o pé de feijão. João a ajudou, e os dois conseguiram cortar o pé de feijão. O gigante ficou preso nas nuvens, e nunca mais desceu.

"João, a gente só precisa do necessário", disse Catarina. "Nem mais, nem menos. Do necessário!".

A mãe de João ficou aliviada com o fim do pé de feijão e chamou João e Catarina para um lanche gostoso da tarde. E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!

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