Gabriel e João adoravam ser vizinhos! As casas deles ficavam bem próximas em Boa Vista. O quintal da casa de João era enorme, todo gramado. Antigamente, havia muitas vacas e galinhas por ali. Hoje em dia, João morava com sua mãe e a Branca, uma vaca muito especial. Às vezes, o leite da Branca era tudo que eles comiam no dia. Mas, sempre que podia, Gabriel levava lanches para João e os dois brincavam sem parar no quintal. A mãe de João sempre agradecia muito! João adorava brincar de pega-pega, mas o Gabriel era apaixonado por pesca. Era tão divertido!
Certo dia, a mãe de João disse que precisavam vender a Branca. "Precisamos de mais do que apenas leite!", disse ela. João ficou muito triste, afinal, a Branca era sua amiga! Ele chamou Gabriel e os dois foram para a feira, rindo muito pelo caminho. Quando chegaram perto de uma esquina, viram um senhor simpático parado ali. Ele sorriu para João e Gabriel e disse: "Vocês querem feijões mágicos em troca da Branca?".
Gabriel pensou um pouco e disse: "Feijões mágicos? Mas o que é isso?". João também ficou curioso. "Feijões que te dão comida!", explicou o senhor. "Se vocês plantarem esses feijões, nunca mais vão passar fome!". "Hum... Feijões alimentam mais do que leite!", pensou Gabriel.
João e Gabriel concordaram em trocar a Branca pelos feijões mágicos. Eles voltaram para casa, felizes da vida, e contaram tudo para a mãe de João. A mãe de João, porém, começou a chorar! "Vocês foram enganados!", ela disse. "Aquele senhor não era confiável!".
A mãe de João pediu para Gabriel ir para casa e mandou João dormir. João ficou muito triste e com raiva do senhor que o enganou. Ele não sabia o que comeriam no dia seguinte! Com lágrimas nos olhos, João jogou os feijões mágicos pela janela e foi dormir.
No dia seguinte, João acordou e se assustou! No quintal, um pé de feijão enorme tinha crescido! O pé era tão alto que chegava até as nuvens! A mãe de João não sabia muito bem o que fazer com aquele pé de feijão gigante, mas não se preocupou muito e mandou João encontrar com Gabriel para brincarem.
Gabriel e João, sempre curiosos, decidiram escalar o pé de feijão! A subida era interminável, mas Gabriel acompanhou João com cuidado, pensando em cada passo. Quando finalmente chegaram acima das nuvens, viram um castelo enorme! Uma senhora gigante, muito alta e simpática, os recebeu na porta. Ela explicou que seu marido era um gigante que comia crianças! "Vocês precisam ir embora!", ela disse. "Meu marido é muito perigoso!".
O chão começou a tremer! O gigante estava chegando! Gabriel e João se esconderam rapidamente. No esconderijo, eles encontraram algumas moedas de ouro no chão. João logo as colocou no bolso. Quando acharam que o gigante havia ido embora, correram para longe do castelo e desceram o pé de feijão o mais rápido que puderam!
"Meu esconderijo, o Lago Misterioso, é muito melhor que esse lugar!", disse Gabriel, rindo. João concordou. Eles decidiram viver de forma simples, usando as moedas de ouro que João havia pegado. "Quando as moedas acabarem, vamos subir no pé de feijão de novo!", disse João.
Durante muito tempo, João e sua mãe viveram com as moedas de ouro. Eles tinham o suficiente para comer e se vestir. A mãe de João até começou a fazer bolos deliciosos para Gabriel, retribuindo o cuidado que ele sempre teve com João. "Na minha casa, todos ficariam muito felizes!", disse Gabriel, sorrindo.
Mas, com o tempo, as moedas acabaram. João e Gabriel resolveram escalar o pé de feijão mais uma vez, mesmo sabendo do perigo do gigante. Dessa vez, eles entraram no castelo e se esconderam na cozinha. Lá estava o gigante, cuidando de uma pata gorda! De repente, João e Gabriel viram a pata botar ovos de ouro! Eles esperaram o gigante dormir e, com muito cuidado, pegaram a pata. A pata era silenciosa e não fez nenhum barulho. Eles desceram o pé de feijão com a pata, com muito cuidado, até chegar em casa.
A mãe de João ficou muito feliz! Agora eles teriam o que comer para sempre! Mas João viu uma harpa de ouro na saída do castelo e pensou: "Dessa vez, vou subir sozinho!".
No dia seguinte, João não foi brincar com Gabriel. Ele subiu o pé de feijão sozinho. "Vou ser rápido! Sei exatamente onde a harpa está!", pensou João. Mas o gigante estava esperando por ele na porta do castelo! O gigante correu atrás de João, mas João conseguiu descer o pé de feijão correndo!
João chegou em casa, muito assustado. Ele contou tudo para Gabriel. Os dois pensaram juntos: "Precisamos cortar o pé de feijão! O gigante não pode descer!". A mãe de João estava muito feliz com a pata gorda que botava ovos de ouro. "Não precisamos mais do pé de feijão!", ela disse.
João e Gabriel trabalharam muito para cortar o pé de feijão. Foi difícil, mas eles conseguiram! O gigante nunca mais desceria!
Gabriel disse para João: "A gente só precisa do necessário, nem mais, nem menos! O gigante não valia a pena!".
A mãe de João ficou aliviada com o fim do pé de feijão e chamou João e Gabriel para um lanche gostoso.
E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!