João e o pé de feijão com Júlia

João e o pé de feijão com Júlia

Júlia e João adoravam ser vizinhos! Júlia morava numa casa bem colorida, com um jardim cheio de flores. Ela tinha cabelos castanhos e encaracolados que pareciam cachinhos dourados, e olhos marrons que brilhavam como estrelas. João morava na casa ao lado, numa casa grande e antiga. Seu quintal era enorme, todo gramado, com um cheiro gostoso de terra molhada. Antigamente, viviam ali muitas vacas e galinhas, mas agora só restava Branca, a vaca de leite. A mãe de João, que era muito gentil, sempre agradecia quando Júlia trazia lanches para eles brincarem no quintal. João adorava brincar de pega-pega, mas Júlia tinha outra paixão: as estrelas! Ela passava horas olhando para o céu, imaginando histórias sobre os astros brilhantes.

Nesse dia, João e Júlia estavam brincando de "estrelas" no quintal. Júlia, com seus olhos brilhantes, contava histórias de constelações e planetas, enquanto João, com a boca aberta de admiração, imaginava viajar pelo espaço.

- "João, você sabia que a estrela Polar é a mais importante de todas? Ela nos guia no céu!" – disse Júlia, apontando para a estrela mais brilhante.

- "Uau! Que legal!" - respondeu João, com os olhos brilhando.

De repente, a mãe de João apareceu na porta, com um olhar preocupado.

- "João, meu bem, precisamos conversar. Branca... Branca não está mais dando muito leite. Temos que vendê-la."

João ficou triste. Ele adorava Branca! Mas ele sabia que a mãe precisava do dinheiro. Júlia, vendo a tristeza do amigo, decidiu ajudá-lo.

- "Vamos à feira! Podemos vender Branca por um bom preço!" - disse Júlia, com um sorriso esperançoso.

Então, João e Júlia saíram, Branca na corda, para a feira. O caminho era longo e cheio de aventuras! Eles riam, cantavam e contavam histórias. Quando chegaram perto da feira, passaram por uma esquina e encontraram um senhor simpático, com um chapéu engraçado e uma cara de quem sabia muitos segredos.

- "Oi, crianças! Viram essa vaca linda? Vocês querem feijões mágicos em troca dela?" - disse o senhor, com um sorriso malicioso.

Júlia e João se entreolharam. Feijões mágicos? Era um sonho!

- "Feijões mágicos? Mas como assim?" - perguntou Júlia, com os olhos cheios de curiosidade.

- "São feijões especiais! Eles podem crescer até o céu e dar muitas coisas boas! Vocês podem comer feijão todos os dias!" - respondeu o senhor, com um piscar de olhos.

João e Júlia se olharam, pensativos. Júlia, com sua mente sonhadora, já imaginava um céu cheio de feijões, como uma grande árvore mágica!

- "Que ideia incrível! Aceitamos!" - gritou João, sem pensar duas vezes.

O senhor sorriu e deu a João um saco cheio de feijões. Eles agradeceram e correram para casa, felizes com a troca.

Quando chegaram, a mãe de João se assustou ao saber da venda.

- "Mas João! Vocês não podem trocar Branca por feijões! Aquele senhor era um enganador!" - disse a mãe, com lágrimas nos olhos.

João e Júlia ficaram tristes. Eles tinham acreditado na magia dos feijões e se sentiam culpados por terem enganado sua mãe.

- "Volte para casa, Júlia. E você, João, vá dormir. Amanhã, falamos sobre isso." - disse a mãe de João, com a voz embargada.

João, sentindo-se mal, foi para o quarto e jogou os feijões pela janela, com raiva. Ele não entendia como havia sido tão ingênuo.

Na manhã seguinte, João acordou com um susto! No quintal, um pé de feijão enorme tinha crescido, tão alto que parecia tocar as nuvens! Era um milagre!

- "Mãe! Olha o que aconteceu!" - gritou João, com os olhos arregalados.

A mãe de João, surpresa, olhou para o pé de feijão gigantesco. Ela não entendia como os feijões mágicos haviam crescido tão rápido, mas, mesmo sem entender, sabia que precisava de ajuda para cuidar de tudo aquilo.

- "Vá brincar com a Júlia. Preciso resolver algumas coisas por aqui." - disse a mãe de João, com um sorriso cansado.

João e Júlia correram para o quintal. Eles nunca tinham visto um pé de feijão tão grande! Era como um castelo mágico, subindo até o céu!

- "Vamos escalar!" - gritou João, com entusiasmo.

Júlia, com seus olhos brilhantes, imaginava que o pé de feijão era uma ponte para o espaço sideral, seu lugar favorito! Ela não podia perder a oportunidade de explorar aquele mundo novo.

- "Que aventura, João! Vamos subir!" - disse Júlia, com um sorriso radiante.

João e Júlia começaram a subir o pé de feijão. Cada passo era uma descoberta. Eles passavam pelas nuvens, que pareciam algodão doce, e viam paisagens incríveis. A subida era longa, mas a curiosidade de João e a imaginação de Júlia os guiavam.

Finalmente, depois de uma longa jornada, eles chegaram ao topo. E lá, diante deles, estava um castelo enorme, feito de ouro e pedras preciosas!

- "Uau! Que lugar incrível!" - exclamou João, com a boca aberta.

Júlia, com seu olhar sonhador, imaginou que o castelo era um portal para o espaço sideral, seu lugar secreto.

- "Parece o meu espaço sideral!" - disse Júlia, com um sorriso misterioso.

Uma senhora enorme, alta e majestosa, abriu a porta do castelo. Ela tinha um sorriso gentil e um olhar bondoso.

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- "Bem-vindos, crianças! Entrem! Mas cuidado! Meu marido é um gigante que se alimenta de crianças!" - disse a senhora, com um tom preocupado.

João e Júlia se assustaram. Um gigante? Eles precisavam sair dali rápido!

- "Obrigada, senhora. Mas precisamos ir embora!" - disse João, com um tremor na voz.

O chão começou a tremer. O gigante estava chegando! João e Júlia se esconderam rapidamente atrás de um armário enorme, na cozinha do castelo.

- "Que susto!" - disse João, com o coração batendo forte.

No chão, ao lado do armário, havia algumas moedas de ouro, brilhantes e reluzentes. João, com um sorriso malandro, as pegou e colocou no bolso.

Quando o barulho do gigante passou, João e Júlia correram para fora do castelo e desceram o pé de feijão o mais rápido que puderam.

- "Ufa! Que susto!" - disse Júlia, com a respiração ofegante.

- "Ainda bem que escapamos!" - disse João, com um sorriso aliviado.

- "Meu espaço sideral é muito mais seguro que essa cozinha de gigante!" - disse Júlia, rindo.

João e Júlia voltaram para casa, cheios de histórias para contar. João combinou com Júlia que eles viveriam de forma simples, mas quando as moedas acabassem, voltariam para o castelo, para pegar mais.

A mãe de João ficou muito feliz com as moedas. Agora, eles tinham o suficiente para comer e viver bem. E para retribuir o cuidado de Júlia, ela sempre preparava um bolo delicioso para ela levar para casa.

- "Na minha casa, todos ficam felizes! É só preciso acreditar nos sonhos!" - disse Júlia, com um sorriso radiante.

As moedas foram acabando e, com o passar do tempo, João e Júlia resolveram voltar para o castelo. Eles não se importavam com o gigante, pois já tinham escapado uma vez.

- "Vamos subir, Júlia! Mas dessa vez, vamos ser espertos!" - disse João, com um olhar determinado.

Eles subiram o pé de feijão e entraram no castelo. Dessa vez, foram direto para a cozinha. Lá estava o gigante, cuidando de uma pata gorda. E quando menos esperavam, viram que a pata botava ovos de ouro!

- "Que sorte!" - disse João, com os olhos brilhando.

Júlia, com sua mente criativa, imaginava que a pata era uma ave mágica, que trazia prosperidade e alegria.

João e Júlia esperaram o gigante dormir e, com cuidado, pegaram a pata. Ela era pesada, mas eles conseguiram carregá-la e desceram o pé de feijão.

- "Conseguimos! Agora temos ovos de ouro!" - gritou João, com a pata na mão.

- "Que aventura, João! O espaço sideral está cheio de surpresas!" - disse Júlia, com um brilho nos olhos.

A mãe de João ficou muito feliz! Agora, eles nunca mais precisariam se preocupar com comida.

- "Obrigada, meus queridos! Vocês são os meus heróis!" - disse a mãe de João, com um sorriso de gratidão.

Mas João tinha visto uma harpa de ouro na saída do castelo. Ele queria pegá-la.

- "Vou subir sozinho, Júlia. Quero pegar aquela harpa!" - disse João, com um olhar ambicioso.

Júlia tentou convencê-lo a não ir, mas João estava decidido.

No dia seguinte, João subiu o pé de feijão sozinho. Ele queria ser rápido, mas o gigante o esperava na porta. João correu, mas o gigante o perseguiu. João conseguiu descer o pé de feijão, mas o gigante o seguia.

João, apavorado, correu até a casa de Júlia e contou tudo o que aconteceu.

- "Precisamos cortar o pé de feijão! Assim, o gigante não vai conseguir descer!" - gritou João, com medo.

Júlia concordou. Elas precisavam impedir que o gigante os machucasse.

Com muito esforço, João e Júlia conseguiram cortar o pé de feijão. Era difícil, mas com a ajuda de Júlia, que era forte e decidida, eles conseguiram.

- "Conseguimos!" - gritou João, com alegria.

- "A gente só precisa do necessário, nem mais, nem menos. O importante é a gente ter amor e felicidade!" - disse Júlia, com um sorriso tranquilo.

O gigante ficou preso no castelo, e nunca mais desceu. A mãe de João ficou muito aliviada e chamou João e Júlia para um lanche delicioso.

E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!

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