João e o pé de feijão com Rafael

João e o pé de feijão com Rafael

Rafael e João adoravam ser vizinhos! Eles viviam em casas bem próximas, em Recife. João morava em uma casa com um quintal enorme, todo gramado, que antes era cheio de vacas e galinhas. Hoje em dia, só restava a Branca, uma vaca muito dócil. João morava com a mãe e a Branca, e às vezes, o leite da vaca era tudo o que eles comiam no dia. Mas Rafael sempre levava lanches para João, para que eles pudessem brincar sem parar no quintal. A mãe de João sempre agradecia muito. João adorava brincar de pega-pega, mas Rafael tinha um interesse diferente: Carros! Era por causa dos Carros que ele tinha um superpoder: correr como um carro de corrida! No seu mundo secreto, o Mundo dos Carros, Rafael corria para todo lado, como se estivesse em um grande circuito!

"Olha, João, vou ser o carro mais rápido do mundo!", gritava Rafael. João, que estava no meio do gramado, ria muito.

"Não tem como te alcançar, Rafael! Você é rápido demais!", dizia João.

Mas um dia, a mãe de João precisou vender a Branca. "Precisamos de mais do que apenas leite", explicou ela, um pouco triste. João ficou muito chateado.

"Não podemos vender a Branca, mãe! Ela é minha amiga!", implorou João. Rafael também ficou triste.

"Não se preocupe, João!", disse Rafael. "Vamos encontrar uma solução!"

Então, João e Rafael foram à feira para tentar vender a Branca. No caminho, eles passaram por uma esquina e viram um senhor muito simpático, de barba branca e chapéu. O senhor estava vendendo feijões.

"Olá, meninos! Vocês querem feijões mágicos?", perguntou o senhor. "Um feijão mágico para cada um!"

"Feijão mágico?", perguntou João, com os olhos arregalados. "O que eles fazem?"

"Eles crescem até as nuvens e te levam para um castelo mágico!", explicou o senhor. "E ali, você pode encontrar tudo que quiser!"

Rafael, sempre agitado, deu pulinhos de alegria! "Que legal! Vamos comprar!"

João também ficou animado. "Mas e a Branca? O que vamos fazer com ela?"

"Eu troco os feijões mágicos pela sua vaca! Que tal?", ofereceu o senhor.

João e Rafael pensaram um pouco. "Feijão alimenta mais do que leite!", disse Rafael. "E a Branca vai ficar muito feliz no castelo!"

João concordou. Eles trocaram a Branca pelos feijões mágicos e voltaram para casa.

"Mamãe, olha o que a gente comprou!", gritou João, mostrando os feijões.

A mãe de João ficou surpresa e preocupada. "Mas como vocês compraram feijões? E a Branca?"

João e Rafael contaram tudo sobre o senhor de barba branca e os feijões mágicos. A mãe de João, sem acreditar, começou a chorar. "Vocês foram enganados! Não existem feijões mágicos! E agora, o que vamos comer?"

"Mamãe, não chora!", disse João. "Eu vou dormir e amanhã a gente planta os feijões!"

A mãe de João pediu para Rafael voltar para casa e João foi para o quarto. Deitado na cama, João pensou na Branca e na tristeza da mãe. Ele ficou com muita raiva do senhor que os enganou e jogou os feijões pela janela.

No dia seguinte, João acordou e correu para o quintal. Para sua surpresa, um pé de feijão gigante tinha nascido! O pé de feijão era tão alto que chegava às nuvens!

"Mamãe, olha o que aconteceu!", gritou João, com os olhos brilhando.

A mãe de João ficou assustada. "Mas que coisa estranha! O que vamos fazer com isso?"

"Vamos subir no pé de feijão, mamãe!", sugeriu João. "Talvez a gente encontre o castelo mágico do senhor!"

A mãe de João não sabia o que dizer. Ela não estava muito confiante, mas deixou João ir brincar com Rafael.

"Rafael, vamos escalar o pé de feijão!", gritou João.

Rafael, sempre cheio de energia, já estava pronto para a aventura! "Vamos, João! Mas cuidado para não cair!"

João e Rafael começaram a escalar o pé de feijão. Era uma subida muito longa! As nuvens pareciam querer encobrir o sol e Rafael se agarrava com força no pé de feijão. João, mais calmo, o ajudava a subir.

"Uau, João! Nunca vi um pé de feijão tão alto!", exclamou Rafael, sem fôlego.

Finalmente, eles chegaram ao topo do pé de feijão e viram um castelo enorme. Uma senhora gigante, de vestido verde e cabelos brancos, estava na porta.

"Bem-vindos ao meu castelo, João e Rafael!", disse a senhora gigante, com um sorriso gentil. "Mas cuidado! Meu marido é um gigante muito malvado que se alimenta de crianças!"

João e Rafael ficaram assustados. "Temos que ir embora!", disse João.

O chão começou a tremer. O gigante estava chegando! João e Rafael correram para se esconder em um quarto. No chão do quarto, eles viram várias moedas de ouro. João, sem pensar duas vezes, enfiou as moedas no bolso.

"Acho que é melhor a gente ir embora", disse João.

Rafael, agitado, concordou. "O Mundo dos Carros é muito mais seguro do que esse castelo!"

Eles saíram correndo do castelo e desceram o pé de feijão o mais rápido que puderam. João e Rafael chegaram em casa exaustos, mas felizes.

"Rafael, a gente foi até as nuvens!", disse João, orgulhoso.

"E encontramos um castelo!", acrescentou Rafael. "Mas o gigante era muito assustador!"

João e Rafael decidiram que viveriam de forma simples, mas confortável, com as moedas de ouro que tinham encontrado. "Quando acabar o dinheiro, a gente volta para o castelo!", disse João.

A mãe de João estava aliviada e feliz por poder comer todos os dias. Ela deu pedaços de bolo para Rafael, como forma de agradecimento pela amizade.

"Na minha casa, a gente vai fazer uma festa com bolo!", disse Rafael, cheio de entusiasmo.

Mas, com o tempo, as moedas acabaram. "Rafael, precisamos voltar para o castelo!", disse João.

"Vamos, João!", disse Rafael, pronto para correr. "Mas dessa vez, vamos ter cuidado com o gigante!"

João e Rafael subiram no pé de feijão, com o coração batendo forte. Eles entraram no castelo e se esconderam na cozinha. Lá, eles viram o gigante cuidando de uma pata gorda.

"Olha, Rafael! A pata está botando ovos de ouro!", sussurrou João.

Eles esperaram o gigante ir dormir e conseguiram capturar a pata, que não fez nenhum barulho. "Vamos descer com ela!", disse Rafael.

"Cuidado, Rafael! É muito alto!", alertou João.

Rafael, mesmo com medo, desceu com a pata o mais rápido que pôde. João o seguiu. Finalmente, eles chegaram em casa.

"Mamãe, olha o que a gente trouxe!", gritou João, mostrando a pata.

A mãe de João ficou muito feliz. "Agora, nunca mais vamos passar fome!", exclamou ela.

João, porém, não estava satisfeito. Ele tinha visto uma harpa de ouro na saída do castelo e resolveu que iria sozinho buscar a harpa.

No dia seguinte, João não foi brincar com Rafael e subiu no pé de feijão. Ele queria ser rápido e pegar a harpa antes que o gigante o visse. Mas o gigante estava esperando por ele na porta do castelo. O gigante correu atrás de João, mas o menino conseguiu descer o pé de feijão e voltar para casa.

"Rafael, o gigante me perseguiu!", disse João, apavorado.

Rafael, sempre pronto para ajudar, pensou em uma solução. "Vamos cortar o pé de feijão! Assim, o gigante nunca mais vai poder descer!"

João concordou. Eles correram para o quintal, pegaram um machado e começaram a cortar o pé de feijão. Foi difícil, mas com muita força, eles conseguiram cortar o pé de feijão.

"O gigante nunca mais vai poder descer!", gritou Rafael, com satisfação.

A mãe de João ficou aliviada. "Obrigada, meninos!", disse ela. "Vocês me salvaram!"

"A gente só precisa do necessário, João!", disse Rafael. "Nem mais, nem menos. Do necessário!"

João concordou. Ele aprendeu que a felicidade não estava no castelo mágico, mas sim na sua casa, com a mãe e com o seu amigo Rafael.

E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!

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