O Canto Mágico da Sereia

O Canto Mágico da Sereia

José amava dançar! Ele girava pela sala como um pião colorido, embalado pela música. João, com seus quatro anos e energia de sobra, tentava acompanhar o ritmo do pai. De repente, um envelope verde cintilante deslizou por baixo da porta.

- Uma carta misteriosa, João! – exclamou José, com os olhos brilhando. – O que será que diz?

A carta falava de um lugar mágico: a Floresta Encantada, onde árvores gigantes contavam histórias e fadas brincavam entre as flores. Mas um mistério rondava o lugar: o canto da Sereia, que antes encantava a todos, havia sumido!

- João, você quer ir comigo até a Floresta Encantada desvendar esse mistério? – perguntou José, cheio de entusiasmo.

- Sim! – respondeu João, os olhos brilhando como estrelas. – Quero conhecer a Sereia!

Atravessando um portal escondido atrás de um arco-íris, eles chegaram à Floresta Encantada. Era ainda mais linda do que na carta! Árvores enormes os cumprimentavam com folhas que pareciam mãos acenando.

- Vamos procurar pistas sobre o canto da Sereia! – disse José, já procurando pegadas diferentes no chão.

João, com seu jeitinho curioso, examinava cada flor e cogumelo.

- Papai, olha! – exclamou ele, apontando para uma pena azul turquesa brilhando na grama. – Uma pena de Sereia!

- Que achado incrível, João! Você tem olhos de detetive! – elogiou José. – Vamos segui-la, ela deve nos levar até a Sereia!

A pena os guiou por um caminho de pedras coloridas até um lago cristalino. No centro, um enorme nenúfar branco. E sentada nele… uma Sereia! Mas sua expressão era triste e seus olhos não brilhavam.

- Olá, Sereia! – disse João, aproximando-se timidamente. – Nós viemos te ajudar a encontrar seu canto!

A Sereia suspirou.

- Obrigada, pequenos. Mas não sei onde ele está. Sem meu canto, não consigo mais trazer alegria para a Floresta.

- Não desanime, Sereia! – incentivou José. – Juntos, vamos encontrar seu canto! João, você se lembra da história da fadinha que perdeu o riso? O que ela precisava fazer para encontrá-lo?

João pensou um pouco, lembrando da história que o pai sempre contava.

- Ela precisava lembrar de coisas que a faziam feliz! – exclamou João. – Sereia, o que te deixa feliz?

- Ah, tantas coisas! – respondeu a Sereia, um sorriso surgindo em seu rosto. – Adoro nadar sob a luz da lua, ouvir as histórias das árvores e sentir a brisa da noite em meu rosto.

Enquanto a Sereia falava, seus olhos voltaram a brilhar e, de repente, um som lindo e suave como a brisa da noite preencheu o ar. Era o canto da Sereia! Mais alegre e brilhante do que nunca!

- Você encontrou seu canto! – gritou João, pulando de alegria.

- Sim, João! E sabe por quê? Porque me lembrei de quem eu sou: uma Sereia alegre e feliz! – respondeu ela, com um sorriso radiante. – Vocês me ajudaram a encontrar o meu canto interior, a minha confiança em mim mesma. E quando confiamos em nós mesmos, tudo é possível!

João e José se despediram da Sereia, felizes por terem ajudado. Voltando para casa, João pensava em como a Sereia recuperou seu canto. Ele entendeu que, quando acreditamos em nós mesmos, podemos superar qualquer desafio e realizar nossos sonhos. Afinal, a maior magia está dentro de cada um de nós!

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