O Caso da Fada Triste

O Caso da Fada Triste

O sol da manhã espichava por entre as cortinas do quarto de Alice, fazendo cócegas em seu nariz. Ela espreguiçou e pulou da cama, pronta para mais um dia de aventuras! Mas algo estava diferente. Do quintal, vinha um choro baixinho e triste. Parecia vir de Cacau, sua cachorrinha.

Alice correu até o quintal e viu Cacau deitada perto do velho carvalho, com o focinho enfiado nas patas.

- O que foi, Cacau? – perguntou Alice, preocupada. – Você está triste?

Cacau levantou a cabeça e deu um chorinho baixinho. Então, se levantou e começou a andar em círculos, latindo para o tronco da árvore.

- Ei, espera! – Alice se aproximou e, de repente, sentiu um formigamento na barriga. Era a mesma sensação de quando ela virava fada!

Num piscar de olhos, Alice estava menor que um girassol, com asas brilhantes e um vestido feito de pétalas de rosa. Cacau latiu, animada, e lambeu a mão de Alice. No pé do carvalho, uma portinha minúscula havia se aberto, revelando um caminho de cogumelos até a Floresta Encantada.

- Acho que a Cacau quer nos mostrar algo! – disse Alice, corajosa.

A Floresta Encantada era um lugar mágico. As árvores sussurravam segredos ao vento, flores coloridas dançavam com as borboletas, e pequenos duendes espreitavam por trás dos cogumelos. Mas hoje, a floresta estava estranhamente silenciosa. No lugar de risos e cantos, Alice só ouvia um choro abafado.

- Que tristeza! – exclamou Alice, apertando a pata de Cacau. – Quem será que está sofrendo tanto?

Seguindo o som do choro, Alice e Cacau chegaram a um lindo jardim. Sentada em um banco de musgo, viram uma fadinha com asas cor de lavanda, soluçando sem parar.

- Olá – disse Alice, com a voz doce. – Por que você está chorando?

A fadinha ergueu os olhinhos vermelhos e soluçou:

- Perdi meu colar mágico! É ele que me dá o poder de falar com os animais. Sem ele, me sinto sozinha!

Alice sabia exatamente como a fadinha se sentia. Ela também se sentia sozinha quando não podia brincar com Cacau. Empatia era isso, sentir o que o outro sentia!

- Não se preocupe! – disse Alice, determinada. – Nós vamos te ajudar a encontrar seu colar!

Alice, Cacau e a fadinha começaram a procurar por todos os cantos do jardim. Reviraram as folhas caídas, olharam embaixo das pedras e perguntaram para as joaninhas se tinham visto o colar. Mas nada! A fadinha já estava perdendo as esperanças.

- Espere um pouco! – exclamou Cacau, farejando o ar.

Cacau saiu correndo em direção a um arbusto florido e começou a latir, animada. Alice e a fadinha se aproximaram e, para a surpresa delas, viram um esquilo travesso usando o colar mágico como um brinquedo de roer!

- Ei! – gritou Alice. – Esse colar não é seu!

O esquilo se assustou e deixou o colar cair. A fadinha correu para pegá-lo e, com um sorriso radiante, agradeceu a Alice e Cacau.

- Vocês são minhas heroínas! – exclamou, colocando o colar de volta no pescoço. – Graças a vocês, posso falar com meus amigos animais de novo!

Alice e Cacau voltaram para casa com a sensação de dever cumprido. A Floresta Encantada estava alegre de novo, e o coração de Alice transbordava de felicidade. Afinal, ajudar os outros era a melhor aventura de todas!

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