O Caso da Gota de Chuva Colorida

O Caso da Gota de Chuva Colorida

Quem disse que monstros não podem ser nossos amigos? Essa era a pergunta que não saía da minha cabeça enquanto eu, Sophia, treinava chutes a gol na sala de casa. Era sábado de manhã, e a chuva caía lá fora, mas dentro de casa era só alegria!

Minha mãe, Marina, estava na cozinha, inventando mais uma de suas receitas mágicas. De repente, um estrondo enorme! Corri para a janela e vi uma coisa inacreditável: uma gota de chuva gigante, mas gigante mesmo, tinha caído no nosso jardim, e o mais estranho, ela era toda colorida!

— Mãe, vem ver isso! – gritei, mas minha mãe, sempre tão calma, respondeu da cozinha:

— Deve ser a chuva, querida. Melhor você vir tomar seu café da manhã!

Mas eu sabia que tinha algo errado. A gota era muito estranha! Parecia até... mágica! Lembrei então do meu superpoder: entender monstros! E se aquela gota fosse um monstro disfarçado?

Corri para debaixo da minha cama, meu esconderijo secreto, e peguei meu kit de detetive: uma lupa, um bloco de notas e meu fiel lápis. Era hora de investigar!

Chegando ao jardim, notei que a gota colorida tinha se partido em várias gotinhas menores, e elas se mexiam! Pareciam até… dançar!

— Ei, vocês são monstros? – perguntei, um pouco tímida.

Para minha surpresa, as gotinhas pararam de dançar e uma delas respondeu com uma vozinha fina e engraçada:

— Sim, somos sim! Viemos do planeta Chuvisco, onde sempre chove cores!

Fiquei maravilhada! Monstros coloridos e falantes!

— E por que vocês vieram para a Terra? – perguntei, cada vez mais curiosa.

— Nosso planeta está sem cor! – respondeu a gotinha, triste. – Um dia, um vento malvado levou todas as cores embora, e agora só chove água cinza por lá.

— Que pena! – exclamei, sentindo o coração apertar. – Mas o que podemos fazer?

As gotinhas se juntaram, formando uma poça colorida. Era como se estivessem pensando. Finalmente, uma delas falou:

— Precisamos da ajuda de alguém que ame cores para trazê-las de volta para Chuvisco!

Na mesma hora, pensei na minha mãe! Ela amava cores! Suas roupas, suas comidas, tudo nela era vibrante e alegre!

— Eu conheço a pessoa certa! – falei, já puxando as gotinhas de volta para dentro de casa.

Expliquei tudo para minha mãe, que me ouviu com um sorriso no rosto.

— Que aventura incrível, Sophia! – disse ela, abraçando-me com carinho. – Claro que vamos ajudar nossos novos amigos a trazer as cores de volta para Chuvisco!

E assim começou a nossa missão. Minha mãe, com seu jeito mágico de ser, preparou um banquete de dar água na boca, cheio de frutas, legumes e sucos coloridos. As gotinhas nunca tinham visto tanta cor e sabor!

Enquanto comiam, minha mãe, que além de cozinheira era mestre em animar os outros, contou para as gotinhas as histórias mais engraçadas do mundo, fazendo-as rir até não poder mais.

De repente, vimos um brilho intenso vindo da janela. Era a chuva! Mas não era uma chuva qualquer, era uma chuva colorida! As gotinhas de Chuvisco começaram a dançar de alegria, e nós dançamos junto com elas!

— As cores estão voltando para Chuvisco! – gritou uma das gotinhas, emocionada. – Obrigada, Sophia! Obrigada, Marina! Vocês nos mostraram o verdadeiro significado da amizade!

E assim, com o coração cheio de alegria, vimos as gotinhas coloridas retornarem para o céu, levando consigo um pouquinho da nossa amizade e a certeza de que, mesmo em planetas diferentes, a amizade sempre pode colorir a vida.

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