O Coelho das Dunas Coloridas

O Coelho das Dunas Coloridas

"Olha o coelhinho, vovô!", Arthur, com seus olhinhos brilhantes, apontava para uma duna que mudava de cor. Estavam no meio do Deserto mágico, um lugar que só vovô Lindolfo, com seus 64 anos de sabedoria, conhecia o caminho.

"Onde, Arthurzinho?", perguntou vovô Lindolfo, ajeitando os óculos no rosto.

"Ali, vovô! Ele está brincando nas cores!", Arthur pulava, feliz como um passarinho. Era um coelhinho branco como a neve, mas que se misturava com as cores da areia, ficando rosa, depois azul, depois amarelo!

Vovô Lindolfo sorriu. Ele não via o coelho, mas amava a forma como Arthur, com apenas 3 anos, enxergava magia em tudo. "E o que o coelhinho está fazendo?", perguntou, entrando na brincadeira do neto.

"Ele está pulando de duna em duna! Acho que ele está feliz porque todos estão respeitando o deserto!", disse Arthur, convicto.

Vovô Lindolfo explicou que respeitar o Deserto mágico era muito importante. "Significa cuidar das dunas, Arthur, não jogar lixo, falar baixinho para não assustar os animais, e admirar toda essa beleza". Arthur ouvia com atenção, seus olhinhos fixos no vovô. Ele amava as histórias e os ensinamentos do vovô Lindolfo.

De repente, o vento começou a soprar mais forte, levantando a areia e formando redemoinhos que dançavam pelo deserto. "Uau!", exclamou Arthur, um pouco assustado, mas também encantado com o espetáculo.

"Vamos nos proteger atrás daquela duna, Arthur", disse vovô Lindolfo, segurando a mão pequena do neto.

Enquanto se protegiam do vento, Arthur viu que o coelhinho branco também se escondia atrás de uma duna, todo encolhidinho. A tempestade de areia passou tão rápido quanto começou, deixando um silêncio mágico no ar.

"Vovô, o coelhinho sumiu!", exclamou Arthur, olhando ao redor.

"Calma, Arthurzinho. Ele deve estar bem escondidinho", tranquilizou vovô Lindolfo, procurando com os olhos o coelhinho. "O deserto guarda muitos mistérios, e alguns deles preferem não ser encontrados."

Arthur, ainda curioso, olhava para todos os lados. De repente, viu pegadas brilhantes na areia! Eram pegadas de coelho, mas que brilhavam como o sol!

"Vovô, olha!", Arthur apontou, seus olhinhos brilhando ainda mais que as pegadas.

Vovô Lindolfo ficou intrigado. Nunca tinha visto pegadas brilhantes no deserto! "Que coisa mais curiosa", murmurou, seguindo as pegadas junto com Arthur.

As pegadas os levaram até um lugar incrível! Era um oásis escondido, com uma cachoeira cristalina e árvores frutíferas. E lá estava ele, o coelhinho branco, mas agora ele não estava sozinho! Outros coelhinhos, de todas as cores, brincavam alegremente.

"Eles são lindos, vovô!", sussurrou Arthur, para não assustá-los. Os coelhinhos eram mágicos! Mudavam de cor como a areia do deserto, e seus olhinhos brilhavam como estrelas.

Vovô Lindolfo sorriu, feliz por compartilhar aquele momento mágico com o neto. "O deserto nos presenteou com essa visão por respeitarmos este lugar", sussurrou ele, observando os coelhinhos brincarem.

Arthur e vovô Lindolfo se sentaram à beira do oásis, admirando a beleza dos coelhinhos. Arthur sabia que aquele era um segredo especial, e que precisava guardar no seu coração. Afinal, respeitar o deserto e seus mistérios era a maior aventura que alguém podia viver!

Ao anoitecer, quando o céu do deserto se enchia de estrelas, voltaram para casa, levando consigo a magia daquele dia. Arthur, antes de dormir, olhou para o céu e sussurrou: "Obrigado, coelhinho, por mostrar as maravilhas do respeito". E, com um sorriso no rosto, adormeceu, sonhando com dunas coloridas e coelhinhos mágicos.

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