O Coelho Fofinho da Feira

O Coelho Fofinho da Feira

O cheirinho de pão de queijo acabou com o sono de Miguel! Ele abriu um sorriso enorme, pulou da cama e correu para a cozinha.

- Bom dia, meu raio de sol! - disse a mamãe, dando um beijo em Miguel. - Que tal um pão de queijo quentinho?

- Obaaa! - gritou Miguel, animado.

Era dia de feira livre e a família de Miguel estava de mudança para uma casa nova pertinho dali. Miguel estava um pouco assustado com a mudança, mas a ideia da feira o deixava muito contente. Ele amava ver as frutas coloridas, sentir o cheiro das flores e, claro, comer todas as delícias que encontrava por lá.

- Miguel, venha ajudar a Yuna a encontrar a coleira dela! - chamou a mamãe.

Yuna, a cachorrinha de Miguel, era mágica e misteriosa. Ela tinha 54 anos, mas parecia um filhote brincando com sua bolinha azul. Miguel a abraçou forte.

- Você vai adorar a feira, Yuna! - disse Miguel, enquanto colocava a coleira nela. - Tem tantos cachorros para brincar!

Chegando lá, Miguel ficou encantado com a feira. Ele viu tomates que pareciam bolas vermelhas, bananas enormes e amarelas como o sol, e até um brócolis que parecia uma árvore mágica! Mas o que realmente chamou a atenção de Miguel foi um coelho branquinho, fofinho como um algodão doce, dentro de uma gaiola. Ele tinha olhos vermelhos brilhantes e bigodes que se mexiam sem parar.

- Olha, mamãe, um coelho! Posso fazer carinho nele? - perguntou Miguel, com os olhos brilhando.

- Claro, meu amor - respondeu a mamãe. - Mas com cuidado, tá bom?

Miguel se aproximou da gaiola e tocou de leve no pelo macio do coelho. De repente, o coelho se virou para Miguel e disse:

- Olá! Você também está com medo da mudança?

Miguel tomou um susto! Um coelho falante? Aquilo não podia ser real! Ele olhou para os lados, procurando Yuna, mas a cachorrinha estava distraída cheirando as pernas de um senhor.

- N-não precisa ter medo - disse o coelho, com um sorriso misterioso. - Eu posso te ajudar a se sentir melhor na sua nova casa.

Miguel não sabia o que dizer. Ele estava com medo, mas também curioso. O coelho parecia saber de algo.

- Como você pode me ajudar? - perguntou Miguel, hesitante.

- É simples - respondeu o coelho, piscando os olhos vermelhos. - É só você levar essa cenoura mágica para sua nova casa. Ela vai afastar todos os seus medos.

O coelho entregou a Miguel uma cenoura pequena e brilhante. Miguel a pegou, ainda sem entender muito bem o que estava acontecendo.

- Mas... isso funciona mesmo? - perguntou Miguel, incrédulo.

- Confie em mim - disse o coelho, com um sorriso misterioso. - Agora vá! E não conte para ninguém sobre mim.

Miguel se despediu do coelho e correu para contar tudo para a mamãe, mas parou no meio do caminho. E se o coelho não quisesse que ele contasse para ninguém? Miguel decidiu guardar segredo e correu para alcançar sua mãe.

Naquela noite, já na casa nova, Miguel não conseguia dormir. Tudo era diferente, os sons, os cheiros, até a sua cama parecia estranha. Ele se lembrou da cenoura mágica e decidiu arriscar.

Miguel pegou a cenoura e a colocou em cima da mesinha de cabeceira. Na mesma hora, a cenoura começou a brilhar e um aroma doce e suave se espalhou pelo quarto. Miguel se sentiu seguro e tranquilo. Ele fechou os olhos e dormiu profundamente a noite toda.

No dia seguinte, Miguel acordou feliz e cheio de energia para explorar sua nova casa. Ele descobriu um quintal enorme, perfeito para brincar de corrida com a Yuna. Ele não estava mais com medo da mudança.

Miguel nunca mais viu o coelho falante, mas nunca se esqueceu da cenoura mágica e da lição que aprendeu: às vezes, a coragem está em um lugar mágico dentro de nós mesmos. E o mais importante, o lar está onde a nossa família está.

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