O Coelho Fofo da Feira

O Coelho Fofo da Feira

"Cuidado, Alice, dizem que a feira fica mágica à noite!", sussurrou a vovó enquanto Alice colocava seus sapatinhos vermelhos. Alice, com seus quatro anos e um sorriso sapeca no rosto, não conseguia conter a animação. Ela amava a feira! As cores vibrantes das frutas, o cheirinho gostoso de bolo no ar e a música animada faziam seu coração bater mais forte. Mas hoje era diferente. Hoje, era noite de lua cheia e, segundo a vovó, a feira se transformava num lugar misterioso.

De mãos dadas com a vovó, Alice sentiu um arrepio gostoso percorrer sua espinha. As barracas estavam quase todas fechadas, cobertas por panos escuros que dançavam com o vento. Fifi, seu fiel cachorrinho de pelúcia, tremia em seus braços. De repente, um vulto branco passou correndo na frente delas!

"Você viu aquilo, Fifi?", Alice sussurrou, os olhos arregalados. Fifi latiu baixinho, escondendo o rostinho peludo em seus braços.

Elas continuaram andando até que, no meio da feira deserta, uma luz brilhante chamou a atenção de Alice. Era uma barraca, ainda aberta, com um letreiro que brilhava: "Coelhos Mágicos!".

Um senhor de sorriso gentil, com um chapéu engraçado na cabeça, acenou para elas. "Boa noite, meninas! Querem conhecer meus coelhos?". Alice, mesmo com um pouco de medo, sentiu uma vontade enorme de ver os coelhos. Eles eram tão fofinhos, com seus pelos macios e seus olhinhos brilhantes!

"Eles são mágicos mesmo?", perguntou Alice, hesitante.

"Ah, são sim! Mas só para quem acredita em mágica...", respondeu o senhor, com um brilho nos olhos.

Alice se aproximou da gaiola e, num piscar de olhos, o coelho que estava lá dentro... sumiu! Ela olhou para o senhor, boquiaberta.

"Cadê ele?", perguntou Alice, aflita.

"Ele foi visitar a Lua! Mas não se preocupe, ele já volta", disse o senhor, com um sorriso misterioso.

Nesse momento, Alice sentiu algo diferente. Era como se uma energia mágica estivesse no ar! Ela olhou para Fifi, que agora balançava o rabinho, animado. E então, Alice viu. Uma trilha de poeira brilhante ia da gaiola vazia até o céu, onde a lua cheia brilhava como um farol.

O senhor do chapéu sorriu. "A amizade verdadeira é mágica, sabia? Ela pode levar você até a Lua!".

Alice, ainda maravilhada, se despediu do senhor e, de mãos dadas com a vovó, voltou para casa. Naquela noite, antes de dormir, Alice abraçou Fifi com força. Ela sabia que a amizade deles também era mágica! Afinal, eles tinham acabado de ver um coelho voar para a Lua! E isso, só podia ser mágica!

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