José adorava dançar! Ele girava pela sala como um pião colorido, e Enzo ria, contagiado pela alegria do pai.
— Papai, me ensina a dançar também? — pediu Enzo, os olhos brilhando de vontade.
— Claro, meu pequeno! Mas antes, precisamos de um lugar bem especial para dançar. Que tal… as Nuvens Cor de Rosa? — José fez uma pausa dramática, sorrindo.
— Nuvens Cor de Rosa? Elas existem? — Enzo estava maravilhado. Ele amava tudo que era macio e fofinho, como as nuvens pareciam ser.
— Só para quem acredita em magia! — José guiou Enzo até o quintal, onde um arco-íris brilhante descia do céu. — Segure minha mão, vamos subir!
Em um piscar de olhos, eles estavam flutuando em um mar de nuvens macias e rosadas. O céu era um redemoinho de lilás e laranja, e tudo brilhava como purpurina. De repente, várias criaturas coloridas, parecidas com bolhas de sabão, se aproximaram, flutuando e rodopiando.
— Olá! Somos os Guardiões das Nuvens! — Uma das bolhas, que brilhava em tons de azul, falou com uma voz musical. — Vocês estão prontos para a dança da faxina?
Enzo arregalou os olhos. Faxina? Ele não gostava muito de faxina.
— Faxina? Mas por quê? — perguntou Enzo, um pouco assustado.
— As Nuvens Cor de Rosa precisam estar sempre limpas e brilhantes para que a magia do arco-íris continue funcionando! — explicou uma bolha amarela, com um sorriso. — É assim que ajudamos a espalhar a alegria pelo mundo!
Enzo olhou para o pai, que assentiu com um sorriso encorajador. Ele sabia que podia ser corajoso e ajudar os Guardiões. Afinal, ele era o Enzo, o menino que enfrentava seus medos!
José, sempre animado, começou a dançar, imitando os movimentos das bolhas. Elas giravam e se espremiam, como se estivessem tirando o pó das nuvens. Enzo, contagiado pela alegria, começou a imitá-los. Ele pulava, rodopiava e até dava cambalhotas no ar, espalhando risadas pelas nuvens. Era divertido ajudar na faxina quando se estava dançando com o papai e com as bolhas mágicas!
Depois de um tempo, as Nuvens Cor de Rosa estavam brilhando mais do que nunca. Os Guardiões agradeceram a Enzo e José com uma chuva de confete colorido e se despediram, prontos para espalhar a magia do arco-íris.
De volta ao quintal, Enzo e José ainda estavam sorrindo.
— Viu só? Ajudar nas tarefas pode ser muito divertido! — disse José, bagunçando o cabelo de Enzo.
— É! — concordou Enzo. — Mesmo que seja nas Nuvens Cor de Rosa!
Naquela noite, enquanto se preparava para dormir, Enzo olhou para o céu, onde a lua espreitava entre as nuvens. Ele sorriu, sabendo que, em algum lugar lá em cima, a magia do arco-íris continuava brilhando, e ele tinha ajudado a fazer isso acontecer.