O Dragão da Areia Dourada

O Dragão da Areia Dourada

Arthur estava em seu quarto, cercado de seus livros favoritos, quando ouviu um barulho estranho vindo do quintal. Era um raspar suave, como se algo estivesse arrastando pelo chão. Arthur, curioso, correu para a janela para ver o que era. E que surpresa! Pogo, seu cachorro de pelúcia gigante, estava se mexendo!

Pogo nunca tinha se mexido antes. Ele sempre ficava quietinho na cama de Arthur, com sua crina de lã colorida e seu chifre brilhante. Mas hoje era diferente. Pogo estava vivo!

"Pogo?", Arthur perguntou, com os olhinhos arregalados.

"Arthur, você tem que me ajudar!", Pogo respondeu, com uma voz rouca. "Um dragão sequestrou todos os unicórnios da Praia da Areia Dourada!"

Arthur sabia que Pogo sempre quis ser um unicórnio. Ele até colocava um chifre de papelão na cabeça quando brincavam de faz de conta. Mas dragões? Unicórnios? Parecia coisa de sonho! Mas Pogo parecia tão assustado...

"E como vamos chegar na Praia da Areia Dourada?", perguntou Arthur.

"Vamos voando nas minhas costas!", Pogo respondeu, e de repente, asas coloridas brotaram de suas costas de pelúcia.

Arthur nunca tinha voado antes, mas confiou em seu amigo e subiu nas costas macias. Pogo bateu as asas com força e, num piscar de olhos, estavam voando sobre a cidade, em direção ao mar azul.

Ao chegarem na Praia da Areia Dourada, o cenário era de tristeza. O céu estava nublado, o mar agitado e não havia ninguém por perto. Só rastros enormes de dragão na areia.

"Ele levou todos os unicórnios para aquela caverna escura!", disse Pogo, apontando para uma fenda nas rochas. "Temos que ser corajosos e usar o respeito para convencê-lo a libertá-los!"

Arthur, mesmo tímido, sabia que precisava ser forte como os heróis dos seus livros. Ele respirou fundo e, juntos, entraram na caverna. Lá dentro, era úmido e escuro, mas, aos poucos, seus olhos se acostumaram com a falta de luz. E então, viram ele.

Um enorme dragão vermelho, com escamas brilhantes e olhos cor de fogo, estava dormindo, cercado por unicórnios presos em uma gaiola de ossos de peixe.

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"Dragão...dragão...", Arthur tentou falar, mas sua voz não passava de um sussurro.

O dragão abriu um olho e encarou Arthur. Fumaça saiu de suas narinas, fazendo Arthur tossir.

"O que vocês querem aqui, pirralhos intrometidos?", rugiu o dragão, com uma voz que ecoou pela caverna.

"Por favor, senhor Dragão", Arthur começou a falar, lembrando do que sua mãe sempre dizia sobre respeito. "Viemos pedir que liberte os unicórnios. Eles não fizeram nada de mal!"

O dragão soltou uma gargalhada. "E por que eu faria isso?"

"Porque...porque o respeito é importante", disse Arthur, com a voz tremendo um pouco. "E tratar bem os outros, mesmo que sejam diferentes, é o que heróis de verdade fazem!"

O dragão ficou em silêncio por um momento, observando Arthur e Pogo. Parecia surpreso com as palavras do menino.

"Heróis, é?", ele finalmente disse, com um tom mais suave. "Acho que me esqueci como é ser um herói."

Então, o dragão, com um sopro poderoso, desfez a gaiola de ossos de peixe, libertando os unicórnios.

"Vão! Sejam livres!", rugiu o dragão, agora com um sorriso nos lábios.

Os unicórnios, felizes, correram para fora da caverna, seguidos por Arthur e um Pogo radiante.

"Obrigado, Arthur! Você foi muito corajoso!", disse Pogo, abraçando seu amigo.

E assim, Arthur e Pogo voltaram para casa, voando sob o céu azul da Praia da Areia Dourada, com o coração cheio de alegria. Arthur tinha aprendido que a coragem e o respeito podem até mesmo amolecer o coração de um dragão. E, quem sabe, inspirar outros a serem heróis também.

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