"Corre, Fifi, corre!", gritava João, enquanto disparava pelo deserto mágico, suas perninhas curtas parecendo um foguete! Atrás deles, um dragão enorme, com escamas cor de esmeralda e asas maiores que a casa do João, soltava fumaça pelas narinas. O jogo de queimada com os duendes do deserto tinha ficado assustador demais!
Tudo começou quando João, brincando no quintal de casa em Belo Horizonte, encontrou um portal brilhante atrás do pé de manga. Do outro lado? Um deserto mágico, com dunas que brilhavam como purpurina e um céu cor de laranja. Fifi, seu cachorro de pelúcia (que era mágico e podia falar, mas esse é segredo!), latiu animado: "Que aventura incrível, João!".
No meio do deserto, eles encontraram um grupo de duendes brincando de queimada com uma bola de fogo. João, que adorava esportes, logo se juntou à brincadeira. Os duendes eram rápidos, mas João corria mais que um raio de sol! Ele era o melhor do jogo!
De repente, um estrondo fez a areia tremer. Era o Dragão Esmeralda, o guardião do deserto, que não gostava nada de barulho. Ele viu a bola de fogo voando e pensou que estavam atacando o seu lar! Furioso, ele rugiu: "Quem ousa perturbar a paz do meu deserto?".
João e Fifi ficaram paralisados de medo. O dragão era enorme e assustador! Mas então, João lembrou do que sua mãe sempre dizia: "Quando estamos com medo, respiramos fundo e pensamos numa solução!". Ele respirou fundo, olhou para o dragão e, com a voz tremendo um pouquinho, disse: "Desculpe, senhor Dragão! Estávamos apenas brincando de queimada. Não queríamos assustar o senhor!".
O Dragão Esmeralda olhou para João e Fifi. Viu que eles eram apenas crianças e que não queriam fazer mal. Então, sua expressão zangada se suavizou e ele deu um sorriso de dentes pontudos. "Queimada, é? Nunca fui muito bom nesse esporte. Talvez vocês pudessem me ensinar?", disse o dragão, com uma voz que parecia trovões distantes.
E assim, João e Fifi passaram a tarde ensinando o Dragão Esmeralda a jogar queimada. Fifi era um ótimo juiz, e João, com sua supervelocidade, ensinava o dragão a desviar da bola de fogo. O dragão era um pouco desastrado no começo, mas logo pegou o jeito e até conseguiu queimar o João com um lançamento certeiro!
No final da tarde, exaustos mas felizes, João, Fifi e o Dragão Esmeralda se despediram. O dragão agradeceu a companhia e a lição de queimada, prometendo não assustar mais ninguém que estivesse apenas se divertindo.
João e Fifi voltaram pelo portal para casa, cansados, mas com uma história e tanto para contar. A aventura tinha sido assustadora no começo, mas terminou em amizade e muitas risadas. E João aprendeu que, às vezes, até os dragões mais assustadores podem se tornar amigos, principalmente quando se aprende a jogar queimada juntos!
De volta ao seu quarto, João abraçou Fifi com força. "Que dia incrível, Fifi!", ele disse, com um sorriso no rosto. E, enquanto a noite caía em Belo Horizonte, João fechou os olhos, sonhando com desertos mágicos, dragões brincalhões e, claro, muita, muita queimada!
