"Mas mamãe, eu não quero ir ao médico!", exclamou Maria, cruzando os bracinhos. Ela estava em seu quarto, brincando com Filó, seu cachorro de pelúcia, quando sua mãe deu a notícia.
"Maria, você sabe que ir ao médico é importante. É para te deixar forte e saudável como um unicórnio!", disse sua mãe, tentando convencê-la.
Maria sempre amou unicórnios. Ela imaginava que eles eram criaturas mágicas, cheias de brilho e que viviam em um castelo encantado. De repente, uma ideia brilhante surgiu em sua mente.
"E se a gente pudesse ir ao médico no Castelo Encantado? Aí eu vou sem reclamar!", propôs Maria, com um sorriso esperto.
Sua mãe riu e concordou em brincar junto. "Então vamos para o Castelo Encantado!", exclamou, pegando as chaves do carro.
No caminho para o consultório, Maria fechou os olhos e imaginou o carro se transformando em uma carruagem puxada por pôneis coloridos. Quando abriu os olhos, percebeu que estavam entrando em uma rua que nunca tinha visto antes. No final da rua, um enorme castelo de pedras se erguia no topo da colina, com bandeiras coloridas tremulando ao vento. Parecia mágico!
"Uau! É de verdade!", Maria exclamou, seus olhos brilhando de emoção. Ela mal podia esperar para explorar o castelo e talvez até encontrar um unicórnio de verdade!
Enquanto subiam a longa trilha até o castelo, Maria percebeu algo estranho. Havia pegadas brilhantes no chão, como se fossem feitas de purpurina.
"Mamãe, olha!", Maria apontou para as pegadas. "Que tipo de criatura deixa rastros brilhantes assim?"
Curiosas, elas seguiram as pegadas até a entrada do castelo. Lá, encontraram um portão enorme, decorado com pedras preciosas que brilhavam sob o sol.
"Este castelo é incrível!", exclamou Maria, maravilhada.
De repente, Filó, que até então estava quieto em seus braços, começou a se mexer e latir para o portão.
"Você está sentindo o cheiro do mistério, Filó?", perguntou Maria, lembrando que, em seus sonhos, Filó sempre a ajudava a desvendar enigmas.
Filó latiu em resposta e começou a correr em direção a um jardim lateral do castelo. Maria e sua mãe o seguiram, curiosas.
No jardim, Maria e sua mãe encontraram um unicórnio deitado na grama! Ele era branco como a neve, com uma crina brilhante e um chifre em espiral que parecia feito de cristal. Mas algo estava errado: o unicórnio estava triste e seu chifre não brilhava como deveria.
"Olá, senhor Unicórnio!", Maria se aproximou timidamente. "Por que você está triste?"
O unicórnio olhou para Maria com seus grandes olhos azuis. "Eu perdi meu brilho mágico", ele respondeu com uma voz suave. "Sem ele, não consigo fazer as crianças sorrirem."
Maria sabia que precisava ajudar o unicórnio a recuperar seu brilho. Mas como? Ela olhou ao redor e percebeu que havia uma trilha de pó brilhante saindo do jardim.
"Acho que encontrei uma pista, Filó!", Maria exclamou, apontando para a trilha. "Vamos seguir o brilho!"
Maria, sua mãe e Filó seguiram a trilha brilhante pelo jardim, que os levou até uma pequena clareira. Na clareira, encontraram um grupo de duendes brincando.
"Oi, duendes!", Maria os cumprimentou. "Vocês viram alguém passar por aqui com algo brilhante?"
"Vimos sim!", respondeu um dos duendes, apontando para uma caverna escura atrás deles. "Uma sombra sombria roubou o brilho do unicórnio e correu para dentro daquela caverna!"
Maria sabia que precisava ser corajosa. O unicórnio precisava dela!
"Não se preocupe, senhor Unicórnio, vamos recuperar seu brilho!", prometeu Maria, antes de se aventurar na caverna escura com Filó ao seu lado, pronta para desvendar o mistério e salvar o dia, mesmo antes de ir ao médico. Afinal, ajudar um amigo era tão importante quanto cuidar da saúde!