O Fantasma Unicórnio da Quadra de Esportes

O Fantasma Unicórnio da Quadra de Esportes

Enzo corria mais rápido que um foguete! Seus pés mal tocavam o chão enquanto ele atravessava o pátio da escola, com Pogo, seu cachorro de pelúcia, balançando em seus braços. A professora Cíntia tinha acabado de anunciar um jogo de queimada, o esporte favorito de Enzo, e ele estava determinado a ser o primeiro na fila.

Mas quando Enzo chegou à quadra, um arrepio percorreu sua espinha. A quadra, normalmente cheia de crianças barulhentas, estava silenciosa e vazia. Uma névoa estranha pairava sobre o chão, e o único som era o vento sussurrando entre os balanços vazios.

"Pogo, você está sentindo isso?", Enzo sussurrou, abraçando o cachorro de pelúcia com mais força. Pogo não respondeu, mas Enzo podia jurar que sentiu o focinho de botão de Pogo tremer.

De repente, um relincho fantasmagórico ecoou pela quadra. Enzo girou, procurando a fonte do som. Seus olhos se arregalaram ao avistar uma figura brilhante emergindo da névoa. Era um unicórnio! Mas não era um unicórnio comum. Este brilhava com uma luz fantasmagórica, e seus cascos não tocavam o chão.

Enzo, normalmente sorridente, sentiu seu rosto ficar pálido. Ele queria correr e se esconder debaixo da cama, seu esconderijo secreto, mas algo o mantinha preso no lugar. Pogo, apesar de ser apenas um brinquedo, parecia compartilhar do medo de Enzo.

O unicórnio fantasmagórico se aproximou, seus olhos brilhando como estrelas. Enzo fechou os olhos, esperando o pior. Mas, para sua surpresa, o unicórnio apenas se inclinou e sussurrou em um tom suave e melodioso: "Você quer brincar comigo?".

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Enzo hesitou. Ele sempre quis conhecer um unicórnio de verdade, mesmo que fosse um pouco assustador. E, no fundo do seu coração, ele sabia que unicórnios, mesmo os fantasmagóricos, não fariam mal a uma mosca.

"Q-querer", Enzo gaguejou, abrindo um sorriso tímido.

O unicórnio relinchou alegremente e, num piscar de olhos, a quadra se encheu de luz e cor. Outros unicórnios fantasmagóricos surgiram da névoa, cada um mais brilhante e mágico que o anterior. Eles convidaram Enzo para participar de um jogo de queimada mágico, onde as bolas brilhavam e os unicórnios corriam como o vento.

Enzo se divertiu como nunca antes. Ele esqueceu completamente o medo inicial, perdido na magia do momento. Pogo, esquecido em seus braços, parecia estar se divertindo também, seus olhos de botão brilhando com a luz dos unicórnios.

Quando o sol começou a se pôr, a magia começou a desaparecer. Os unicórnios se despediram com um último relincho e desapareceram na névoa, deixando Enzo e Pogo sozinhos na quadra, agora banhada pela luz alaranjada do entardecer.

Enzo sabia que nunca esqueceria aquela tarde mágica. Ele aprendeu que, às vezes, as coisas mais assustadoras podem se tornar as mais maravilhosas, bastando um pouco de coragem para enfrentá-las. E, quem sabe, talvez os unicórnios fantasmagóricos voltassem para jogar novamente em breve.

Enquanto caminhava para casa, segurando Pogo firmemente, Enzo sorriu. Ele mal podia esperar para contar a seus pais sobre o dia em que jogou queimada com unicórnios fantasmagóricos. Ele sabia que eles provavelmente não acreditariam nele, mas isso não importava. Afinal, ele tinha Pogo como sua testemunha, e a lembrança daquela aventura mágica para guardar para sempre em seu coração.

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