O Gato Misterioso da Vovó Adélia

O Gato Misterioso da Vovó Adélia

- Corre, Duda! - gritou a vovó Adélia, seus olhos arregalados como dois botões.

Duda, mesmo com seus cinco anos, sabia que algo estava errado. A casa da vovó, geralmente um oásis de tranquilidade e cheiro de bolo, estava diferente. Um vento frio soprava pelas janelas, apesar do calor de São Paulo, e um miado longo e assustador ecoava pela sala.

Duda sempre respeitou a casa da vovó. Nunca pulava no sofá, guardava seus brinquedos e falava baixinho para não atrapalhar a leitura da vovó. Mas agora, o medo fazia seu coração bater mais forte que o tambor da escola.

- Vovó, o que foi? - Duda sussurrou, agarrada à saia florida da avó.

- É o gato, Duda - a vovó respondeu, a voz trêmula. - Ele voltou!

Duda nunca tinha ouvido falar desse gato. A vovó Adélia sempre dizia que os únicos animais que ela gostava eram os passarinhos cantando no quintal. Mas aquele miado... ele parecia vir de todos os cantos, como se o gato estivesse em todos os lugares ao mesmo tempo!

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Duda se lembrou das histórias que sua avó contava, de princesas corajosas que enfrentavam seus medos. E se ela pudesse ser corajosa como uma princesa também?

- Vovó, a senhora me ensinou que devemos ter respeito, mesmo quando estamos com medo - Duda disse, com a voz mais firme do que imaginava ser capaz. - Vamos enfrentar esse gato juntas!

A vovó Adélia olhou para Duda com orgulho. De mãos dadas, elas seguiram o miado fantasmagórico até o quarto de costuras. A porta estava entreaberta, e uma sombra felina se movia lá dentro. Duda fechou os olhos com força e, quando os abriu, viu um lindo gato siamês, com olhos azuis brilhantes, sentado na almofada de costura da vovó.

O gato se espreguiçou, mostrando as garras, e então... começou a lamber a pata!

- Mas... ele é só um gatinho - Duda disse, aliviada, enquanto a vovó Adélia soltava uma gargalhada.

- Ele parece assustador, não é? Mas veja, Duda, ele só está assustado - a vovó explicou, se aproximando do gato com cuidado. - Ele deve ter se perdido e entrou por alguma janela aberta. Devemos respeitar o medo dele também.

Duda se aproximou devagarinho e estendeu a mão. O gato, tímido no início, se aproximou e esfregou a cabeça na mão da menina.

Naquela noite, depois de darem leite e um lugar quentinho para o gatinho dormir, Duda aprendeu uma lição importante. Respeito não é só sobre seguir regras, mas também sobre entender os sentimentos dos outros, mesmo quando eles parecem diferentes ou assustadores. E às vezes, o que parece assustador pode se tornar um novo amigo.

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