"Olha só o que eu achei, Yuna!", Enzo exclamou, mostrando uma concha brilhante para sua mascote. Era rosa, com um brilho diferente de todas que ele já tinha visto. Eles estavam na casa da avó de Enzo, em Goiânia, prontos para uma aventura especial: uma viagem para uma ilha deserta!
Yuna, com seus olhos misteriosos, observou a concha. Ela adorava ler sobre lugares mágicos e, para ela, aquela concha parecia ter vindo de um deles. "Enzo, essa concha é mágica? Será que veio da ilha?", perguntou Yuna, com um ar curioso.
Enzo, que apesar de gostar muito de correr e brincar com animais, às vezes era um pouco medroso, sentiu um frio na barriga. "Ilha deserta? Mas e se tiver... um monstro marinho?", ele sussurrou, os olhos arregalados.
Yuna riu, "Bobinho! Monstros marinhos não existem. Mas quem sabe não encontramos sereias? Elas adoram conchas brilhantes!". A ideia de sereias animou Enzo. Ele sempre quis ver uma de perto!
Chegando na ilha, depois de uma viagem de barco que pareceu durar um ano para o pequeno Enzo, ele correu pela areia branquinha. A água do mar era tão azul que parecia um céu deitado. Tinha tudo para ser o lugar perfeito para brincar! Mas Enzo não conseguia parar de pensar na concha e nas sereias. "E se a gente procurar por elas, Yuna?", ele sugeriu.
Yuna, sempre pronta para uma aventura, concordou. Brincar de detetives seria divertido! Eles procuraram por toda parte: entre as pedras, nas árvores cheias de frutas deliciosas e até dentro de uma pequena caverna. Nada de sereias.
"Acho que não tem nenhuma sereia aqui", Enzo disse, um pouco desanimado. Ele adorava brincar e se divertir, mas às vezes esquecia como era bom usar a imaginação!
Yuna, porém, não desistia fácil assim. Ela pegou a concha da mão de Enzo e a observou contra a luz do sol. "Espere um pouco... Olha, Enzo, a concha tem um desenho!", ela exclamou.
Era verdade! Um desenho delicado, quase invisível, de uma cauda de peixe. E apontava para uma direção específica da ilha: a cachoeira!
"Vamos lá, Yuna!", Enzo gritou, correndo em direção à cachoeira. Ele tinha esquecido completamente o medo! Afinal, brincar era muito mais legal do que ficar parado.
Ao chegarem na cachoeira, viram algo incrível: uma pequena piscina natural, rodeada por flores coloridas, e... uma sereia! Ela tinha cabelos longos e uma cauda verde-esmeralda que brilhava sob a água.
A sereia sorriu para eles. "Olá, crianças. Vocês encontraram a minha concha da sorte!".
Enzo e Yuna passaram a tarde toda brincando com a sereia. Descobriram que sereias adoram brincar de esconde-esconde entre as pedras e que sua risada parece o som das ondas do mar.
No final do dia, quando o sol começava a se por, era hora de voltar para casa. "Voltem sempre, crianças! E lembrem-se, a brincadeira é a maior magia que existe", disse a sereia, desaparecendo em um mergulho.
De volta a Goiânia, Enzo guardou a concha com carinho. Ele sabia que, mesmo sem sereias por perto, a magia da brincadeira estaria sempre com ele. Bastava usar a imaginação, como aprendeu naquela ilha deserta, onde a aventura e a amizade se misturavam com o brilho mágico de uma concha especial.