O Mistério da Concha Colorida

O Mistério da Concha Colorida

Quem disse que ir ao médico não pode ser uma aventura? Mamãe tinha acabado de dizer que precisávamos ir ao Dr. Pedro, e eu, João, já estava imaginando mil coisas!

- Laura! - gritei para minha prima, que brincava no quintal. - Vamos desvendar um mistério no caminho do médico!

Laura, sempre pronta para uma aventura, sorriu:

- Que mistério, João?

- Vamos descobrir se sereias existem! - falei, correndo em direção ao portão, rápido como um foguete.

Mamãe riu. Ela sabia que minha imaginação não tinha limites, principalmente quando se tratava de sereias. Eu era fascinado por essas criaturas mágicas, com suas vozes encantadoras e caudas brilhantes.

No caminho, enquanto passávamos por um parque com um lago, vi algo brilhando no chão. Era uma concha, mas não era uma concha comum. Era enorme e tinha cores vibrantes, como um arco-íris!

- Olha, Laura, uma pista! - exclamei, mostrando a concha. - Só pode ser de uma sereia!

Laura, que era mais velha e esperta, analisou a concha com cuidado.

- É linda, João, mas será mesmo de uma sereia? Podemos procurar outras pistas por aqui.

Começamos a procurar por todos os lados, debaixo das árvores, atrás dos arbustos, até nas bordas do lago.

- Encontrei algo! - Laura gritou, animada.

Era um pedaço de tecido verde-água, brilhante como a cauda de uma sereia! Será que estávamos perto de encontrar uma de verdade?

- Vamos seguindo o caminho do tecido! - sugeri, e Laura concordou.

Seguimos a trilha do tecido até chegar a uma gruta escondida atrás de uma cachoeira. Parecia o tipo de lugar onde uma sereia se esconderia!

- Laura, você acha que elas estão aqui dentro? - perguntei, com os olhos arregalados.

Cautelosamente, entramos na gruta. Estava úmida e escura, mas podíamos ouvir um som suave, como uma melodia distante. Seria o canto das sereias?

- Olha, João! - Laura apontou para o fundo da gruta.

Havia uma pequena piscina natural iluminada por um feixe de luz que entrava por uma fenda no teto. E na água... sim, era mesmo uma cauda de sereia! Ela era verde-esmeralda e brilhava como mil esmeraldas!

Mas quando nos aproximamos, vimos que não era bem o que estávamos pensando. Uma menina, vestida com uma fantasia de sereia, brincava na água. Ela estava acompanhada de uma mulher que parecia ser sua mãe.

A menina nos viu e sorriu.

- Olá! Vocês também gostam de sereias? Eu sou a Marina!

Explicamos nossa aventura em busca das sereias e a menina achou muito divertido. Ela nos contou que estava treinando para um concurso de fantasias.

Saímos da gruta um pouco desapontados por não termos encontrado uma sereia de verdade, mas felizes com a aventura que vivemos. E o melhor, tínhamos uma história incrível para contar ao Dr. Pedro!

De volta ao carro, Laura me entregou a concha colorida.

- Para você se lembrar da nossa aventura! - ela disse, piscando.

Segurei a concha com carinho. Ir ao médico podia não ter sereias de verdade, mas com certeza tinha muita aventura e magia!

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