"Olha só, Laura, a mamãe disse que aprender é mágico!", exclamou Alice, com os olhos brilhando como estrelinhas. "Ela falou que, se a gente se concentrar, a lição vai ser fácil como um passe de mágica!"
Laura, com seus oito anos, deu uma risadinha. "Acho que a mamãe estava exagerando um pouquinho, Alice. Lição de casa é legal, mas mágica de verdade? Acho difícil!".
Alice, com seus quatro aninhos e uma imaginação que não cabia em um carrinho de mão, não se deixou abalar. Ela amava fadas e acreditava em magia mais do que tudo!
De repente, um brilho colorido chamou a atenção de Alice no jardim. Era uma pequena criatura com asas brilhantes, voando em zigue-zague! "Laura, olha!", Alice gritou, apontando para o duende travesso.
O duendezinho, com um sorriso maroto, pegou a folha de lição de casa de Alice que estava sobre a mesa e voou para longe, em direção à floresta.
"Ele roubou minha lição!", exclamou Alice, com os olhos arregalados. "Laura, temos que ir atrás dele!"
Laura, sempre pronta para uma aventura, concordou. As duas entraram na floresta encantada, seguindo o rastro de brilho deixado pelo duende.
A floresta era um lugar mágico, com árvores gigantes que pareciam sussurrar segredos e flores coloridas que exalavam um perfume delicioso.
"Por que será que ele pegou a minha lição?", Alice perguntou, confusa.
Laura, que era muito esperta, pensou por um instante. "Lembra que a mamãe disse que aprender é mágico? Talvez os duendes também queiram aprender!".
Enquanto se aventuravam pela floresta, as duas encontraram um esquilo falante que lhes deu uma pista: o duende estava indo para a Árvore da Sabedoria, a árvore mais antiga da floresta.
Chegando lá, viram o duendezinho sentado em um galho, tentando, sem sucesso, escrever o nome de Alice na folha de lição.
"Oi, duendezinho!", Alice o cumprimentou com um sorriso. "Por que você pegou minha lição?".
O duendezinho, envergonhado, explicou que queria aprender a escrever o nome de Alice para poder mandar um bilhete para ela, convidando-a para brincar. Ele achava a escrita algo mágico e, por isso, roubou a lição.
Alice e Laura deram risada da confusão. Elas explicaram para o duende que aprender não era mágica de verdade, mas que, com esforço e dedicação, todos podiam aprender.
O duende, muito feliz, devolveu a lição de casa para Alice e prometeu nunca mais pegar nada sem pedir. Ele até pediu para Laura ensiná-lo a escrever o nome de Alice.
Enquanto Laura pacientemente ensinava o duende, Alice, com um sorriso sapeca, pegou sua varinha de brinquedo e, num passe de mágica, transformou uma pedra em um lindo caderno para o novo amigo.
"Pronto!", exclamou ela. "Agora você pode aprender a escrever tudo o que quiser!".
E assim, as duas meninas voltaram para casa, felizes por terem desvendado o mistério da lição desaparecida e, mais importante, por terem feito um novo amigo na floresta encantada.
Naquela noite, antes de dormir, Alice olhou para a lição de casa e sorriu. Aprender podia não ser mágica de verdade, mas com certeza era uma aventura incrível!