Quem disse que lição de casa só se faz em casa? Essa é a pergunta que Helena, de 4 anos, se fez quando um macaco muito esperto roubou seu caderno de desenhos! Ela estava no quintal de casa, em Fortaleza, colorindo um lindo desenho de um cachorrinho, quando de repente... PUUFF! O macaco surgiu do nada, pegou o caderno e sumiu!
Helena ficou de boca aberta. Ela podia jurar que viu o macaco piscar para ela antes de desaparecer! Mas para onde ele teria ido? Decidida a recuperar seu caderno, Helena chamou seu pai, José, que adorava uma aventura.
“Papai, papai! Um macaco roubou meu caderno! E ele... ele piscou para mim!”, contou Helena, ainda chocada.
José, que naquele dia estava com uma camiseta colorida e calças de dançar, começou a rir. “Um macaco que pisca? Ah, Helena, você está brincando comigo!”
“Mas é sério, papai! Ele era muito rápido, mas eu vi!”, insistiu Helena.
Intrigado com a convicção da filha, José resolveu investigar. Os dois seguiram as pegadas do macaco pelo jardim, que os levaram até uma moita de bananeiras. E não é que atrás das bananeiras havia uma entrada secreta para uma caverna escura?
“Uau! Será que o macaco entrou aí?”, perguntou Helena, com os olhinhos brilhando de curiosidade e um pouquinho de medo.
“Só tem um jeito de descobrir!”, respondeu José, sempre aventureiro.
Dentro da caverna, o ar era úmido e um cheiro doce de frutas tomava conta do ambiente. As paredes brilhavam com pequenas luzes que pareciam vagalumes. No fim do túnel, uma luz forte cegou os dois por um instante. Quando os olhos se acostumaram, Helena e José não acreditaram no que viram: uma ilha deserta paradisíaca!
A areia era branca como a neve, a água do mar era azul-turquesa e árvores cheias de frutas coloridas se curvavam sobre a praia. E adivinhem quem estava lá, sentado em um tronco de árvore, folheando o caderno de desenhos de Helena? O macaco!
“Olha ele lá, papai! E está com meu caderno!”, exclamou Helena.
O macaco, ao ver Helena e José, pulou do tronco e correu em direção a uma clareira. No centro da clareira, havia uma pedra enorme que parecia um palco. O macaco subiu na pedra, abriu o caderno e... começou a apontar para os desenhos!
Helena, que amava animais e tinha o dom de falar com eles, entendeu na hora o que o macaco queria dizer.
“Papai, ele não roubou meu caderno! Ele quer aprender a desenhar!”, explicou Helena.
E foi assim que, em uma ilha deserta mágica, Helena passou a tarde ensinando o macaco a desenhar. José, enquanto isso, dançava ao som das ondas do mar e se deliciava com as frutas da ilha.
No final do dia, o macaco, já um artista em potencial, devolveu o caderno para Helena, cheio de desenhos de bananas e macaquinhos. A pequena, antes de voltar para casa pela caverna secreta, deu um abraço apertado no macaco e prometeu voltar para novas aulas de desenho.
Naquela noite, de volta a Fortaleza, enquanto José preparava o jantar, Helena pensava em sua aventura. Ela aprendeu que nem sempre o que parece é, e que a lição de casa mais importante é a lição de amizade e compaixão, que podemos aprender em qualquer lugar, com qualquer um, até mesmo com um macaco em uma ilha deserta!
