- Vovô Lindolfo, você já viu a minha meia listrada? - perguntou Sophia, procurando embaixo da cama, seu esconderijo secreto.
- Procurando tesouros escondidos de novo, Sophia? - brincou o avô, ajeitando os óculos no rosto. - Lembra daquela vez que você encontrou um botão que pensou ser de um duende?
- Mas vovô, eu preciso daquela meia pra jogar futebol! É meu dia de ajudar a separar os uniformes! – Sophia explicou, com um bico de frustração. Ajudar nas tarefas da casa era importante, e separar os uniformes era a sua favorita.
- Separar os uniformes? Que tarefa interessante! – Lindolfo comentou, pensativo. – Sabe, Sophia, quando eu era menino, no meu tempo...
- Sim, vovô, no seu tempo as meias se teletransportavam! - Sophia interrompeu, já conhecendo as longas histórias do avô sobre o passado.
De repente, um raio de sol invadiu o quarto, colorindo tudo de um tom rosado e lilás. Olhando pela janela, Sophia viu algo incrível: um caminho de nuvens fofinhas e macias se formava no céu, como uma ponte mágica! E no final da ponte... era um macaco de cartola, acenando para ela!
- Vovô, me espere aqui! Tenho que resolver um mistério! – Sophia gritou, correndo para fora de casa antes que o avô pudesse responder.
Subiu pelas nuvens macias como algodão-doce, até chegar ao macaco sorridente.
- Olá, pequena detetive! Preciso da sua ajuda! – disse o macaco, com um sotaque engraçado. – Sou o Misterioso Macaco da Meia Perdida e roubei... quer dizer, emprestei a meia da sua amiga!
- Roubou? Mas por que? – Sophia questionou, confusa.
- Era para o meu número de mágica! – explicou o macaco, mostrando um palco improvisado em uma nuvem. - Mas agora não consigo mais tirá-la! Está presa no meu pé!
Sophia examinou o pé do macaco. A meia estava realmente presa!
- Hum... Parece que temos um problema peludo para resolver! - disse Sophia, entrando no papel de detetive.
Ela tentou puxar a meia, mas não adiantou. Observou cada detalhe: a cor da meia, as listras, o tamanho do pé do macaco... De repente, teve uma ideia brilhante!
- Macaco Misterioso, você gosta de bananas? – Sophia perguntou com um sorriso.
- Ora, bananas são a minha paixão! – respondeu o macaco, intrigado.
Sophia pegou uma banana da mochila e a descascou, passando-a cuidadosamente no pé do macaco. A meia, escorregadia pela banana, finalmente se soltou!
- Incrível! Você conseguiu, pequena detetive! – exclamou o macaco, maravilhado. - Você é mesmo esperta!
- Obrigada! Descobri que ajudar nas tarefas de casa, como separar os uniformes, me ajuda a solucionar mistérios! – Sophia respondeu orgulhosa, pegando a meia e se despedindo do macaco.
De volta ao seu quarto, Sophia entregou a meia ao avô, que a olhava com um misto de surpresa e orgulho.
- Parece que a aventura de hoje me ensinou que as melhores histórias não estão só no passado - disse Lindolfo, com um sorriso. - Elas também acontecem agora, com netas detetives que resolvem mistérios nas nuvens!
