O Mistério do Vulcão Sussurrante

O Mistério do Vulcão Sussurrante

Quem tem medo de vulcão? Maria, com seus seis anos, certamente não! Ela amava aventuras, principalmente se envolvessem seus dois amores: fadas e vulcões! Imaginem a alegria dela quando, folheando um livro sobre princesas mágicas, descobriu uma ilustração de um vulcão que, segundo a legenda, guardava um segredo mágico.

“Filó, você acredita?”, perguntou Maria à sua gata siamesa, que a observava com seus olhos azuis brilhantes. “Um vulcão mágico pertinho de São Paulo!”. Filó, claro, não respondeu. Mas, como boa aventureira que era, pulou no colo de Maria, como se dissesse: “Vamos descobrir!”.

E lá foram os dois, Maria com sua mochila cor-de-rosa e Filó espreitando tudo com curiosidade. O caminho era longo, mas a cada placa indicando "Vulcão Adormecido", a animação de Maria aumentava. Ela até usou seu superpoder, falando com os passarinhos que cruzavam o céu, perguntando se já tinham visto o tal vulcão mágico.

Ao chegarem, o vulcão era ainda mais imponente do que na ilustração. Uma névoa cobria o topo, como um véu de mistério. Maria, com o coração a mil, começou a subir a trilha de pedras, Filó sempre a sua cola.

De repente, um estrondo! O chão tremeu levemente e um vapor quente escapou por entre as rochas, formando um rosto na névoa! Maria, mesmo assustada, sentiu uma pontada de empatia pelo vulcão. “Ele parece triste”, pensou.

Foi então que, em meio à névoa, surgiu um homem com um chapéu pontudo e uma longa barba branca: um mago! “Olá, pequena curiosa. Vejo que encontrou meu lar”, disse o mago com um sorriso gentil.

Maria, ainda hesitante, perguntou sobre a magia do vulcão. O mago suspirou, “Este vulcão está triste, pequena. Ele sente medo de sua própria força, de causar dor e destruição.”

Maria, então, lembrou-se do que sua mãe sempre dizia: “A empatia é a chave para ajudar quem precisa”. Ela respirou fundo e, olhando para a névoa, disse: “Vulcão, eu sei que você tem medo, mas sua força também pode trazer coisas boas, como calor para os animais e flores lindas na primavera.”

Enquanto Maria falava, o tremor diminuía e a névoa se dissipava. O rosto na névoa se transformou em um sorriso gentil. “Você tem razão, pequena”, sussurrou o vulcão, sua voz parecendo vir de dentro da terra. “Obrigado por me lembrar da minha própria força.”

O mago, com um brilho nos olhos, entregou a Maria um cristal que brilhava com a luz do sol, “Sua empatia despertou a magia adormecida deste lugar. Guarde este cristal com carinho, ele te lembrará da força da gentileza.”

Maria, feliz, abraçou o mago e, com Filó em seus braços, desceu a trilha, levando consigo o cristal e a certeza de que a empatia podia transformar até mesmo um vulcão assustador em um gigante gentil. A aventura tinha chegado ao fim, mas a magia da empatia continuaria brilhando no coração de Maria para sempre.

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