O Passarinho Fantasma do Parquinho

O Passarinho Fantasma do Parquinho

"Ele sumiu! O passarinho sumiu!", gritou Miguel, com os olhos arregalados. Ele estava no parquinho novo, ainda cheio de caixas da mudança. Era tudo tão diferente da sua antiga casa em Brasília!

"Calma, Miguelzinho", disse Laura, sua prima mais velha, com um sorriso tranquilizador. "Os passarinhos voam, lembra? Ele já deve estar em outra árvore, cantando para os amigos."

Mas Miguel não se convenceu. Ele tinha visto o passarinho, com suas penas azuis brilhantes, pousar em cima de um balanço vazio. E de repente, puf! Desaparecido!

"Ele virou fantasma!", Miguel sussurrou, agarrando a mão de Laura. "Um fantasma de passarinho!"

Laura riu. "Fantasmas não existem, Miguel. Vem, vamos procurar o seu amigo naquela casa da árvore."

A casa da árvore ficava no ponto mais alto do parquinho. Era toda de madeira escura, com janelas que pareciam olhos observando tudo. Miguel hesitou. Um vento frio passou, balançando as folhas das árvores e fazendo um barulho assustador.

"E-eu acho que ouvi ele cantando...", disse Miguel, tremendo.

Laura subiu na casa da árvore, com Miguel logo atrás. Lá de cima, a vista era incrível! Dava para ver todo o parquinho, as outras crianças brincando e até um pouco da cidade. Mas o que chamou a atenção de Miguel foi um brilho azulado dentro da casa.

"Olha, Laura!", ele apontou, animado. O brilho vinha de uma gaiola antiga, pendurada no canto mais escuro. Parecia que algo se mexia lá dentro.

Laura se aproximou cautelosamente. A gaiola estava entreaberta. Com cuidado, ela a abriu totalmente. Um clarão azul tomou conta do lugar e então, tudo ficou silencioso.

"Cadê o passarinho?", perguntou Miguel, com medo.

Laura olhou para ele e sorriu. "Ele não era um fantasma, Miguel. Era mágico!"

De repente, Miguel sentiu algo pousar em sua cabeça. Era o passarinho! Ele cantava alegremente, bicando de leve os cabelos de Miguel.

"Você é mágico mesmo!", exclamou Miguel, rindo.

Naquele dia, Miguel aprendeu que mesmo em lugares novos, coisas mágicas podem acontecer. E que às vezes, o medo pode esconder uma surpresa muito especial, como um amigo mágico que voa.

Enquanto voltavam para casa, Miguel não conseguia parar de pensar no passarinho. A mudança ainda parecia assustadora, mas agora ele sabia que a aventura estava apenas começando. E se um passarinho mágico podia aparecer no parquinho, quem sabe que outras maravilhas o esperavam em sua nova casa?

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