Era verão! O sol brilhava forte, pintando o céu de um azul intenso. Benjamin adorava o verão! Tudo parecia alegre, colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo! Ele tinha cabelos loiros e lisos, olhos castanhos e um sorriso que iluminava qualquer dia. A família de Benjamin havia se mudado de Belo Horizonte para uma fazenda perto da cidade. Eles queriam estar mais próximos da natureza e Benjamin adorou a mudança! Lá, ele podia brincar livremente, inclusive com seu superpoder: Voar como uma águia!
A fazenda era um paraíso para Benjamin. Havia um riacho bonito, tranquilo, onde ele podia brincar de barco e um lago onde podia mergulhar! A água era tão cristalina que Benjamin conseguia ver os peixes nadando. E olha só, a fazenda tinha muitos animais! Galinhas cacarejando, vacas mugindo, cavalos relinchando... Mas Benjamin sempre se surpreendia com as cegonhas. Elas tinham pernas longas e finas, e caminhavam com uma graça incrível! Benjamin, com sua personalidade calma, tentava imitar o caminhar das cegonhas, levantando uma perna de cada vez, bem devagar, como se estivesse flutuando.
Um dia, Benjamin estava brincando com os patinhos na lagoa quando percebeu que uma pata estava chocando ovos! Era um momento mágico! Benjamin observava os ovinhos se quebrando e os filhotes de patinhos nascendo. Cada um era mais fofo que o outro! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando o ovo com cuidado.
Dias depois, Benjamin voltou à lagoa e a pata não estava mais lá! O ovo grande tinha rachado e junto aos filhotes de patinhos, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Parecia triste. Benjamin, que fazia amizade fácil com os animais, foi falar com o patinho diferente.
"Por que você está tão triste?" perguntou Benjamin, com seu jeitinho gentil. "Você tem toda uma fazenda e um jardim lindo para conhecer!"
O patinho respondeu com voz baixa: "Estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim e me chamam de 'patinho esquisito'. Não me sinto bem."
"Ah, não se preocupe!" disse Benjamin. "Eu adoro sua companhia! Você é muito especial. Que tal brincarmos amanhã? Eu conheço um lugar secreto chamado Lago Encantado. É um lugar seguro e divertido."
O patinho ficou feliz com a proposta de Benjamin. "Acho que vou gostar de brincar com você", disse ele, com um sorriso tímido.
No dia seguinte, Benjamin voltou ao Lago Encantado, mas o patinho não estava lá. "Onde será que ele foi?", pensou Benjamin.
O patinho, infelizmente, ficou tão triste que resolveu sair de lá. Ele queria encontrar outros amigos que o aceitassem como ele era. Mas por todo lugar que passava, os outros patos zombavam dele. "Patinho esquisito! Patinho feio!", gritavam.
Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. Ele se sentia acolhido pela natureza, apenas. Benjamin foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu patinho amigo. Ele brincava com os outros patos, admirava os pássaros e observava as flores.
A primavera então chegou, e o patinho amava a primavera, assim como Benjamin amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu próximo à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, afinal, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!
Nesse dia, Benjamin foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Ele ficou surpreso ao ver o patinho esquisito agora como um cisne elegante. "Que legal! Você está lindo!", exclamou Benjamin. Finalmente, eles brincaram com muita alegria na água, como sempre quiseram.
Benjamin e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente e isso todo mundo é! E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?