Era verão! O sol brilhava forte, o céu era azul, e tudo parecia alegre e colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo! Heitor amava o verão! Ele era um menino de cinco anos, com cabelos crespos e pretos e olhos verdes brilhantes. Heitor era um aventureiro, sempre buscando novas descobertas e amando brincar ao ar livre.
Até pouco tempo atrás, Heitor morava em São Paulo, uma cidade grande e agitada. Mas sua família decidiu se mudar para uma fazenda próxima, para viverem mais perto da natureza. Heitor adorou a mudança! Era muito mais divertido brincar na fazenda! Ele podia correr livremente pelos campos, brincar com os animais e até usar seu superpoder: a força de um leão!
Na fazenda, havia um riacho tranquilo que corria por entre as árvores e um lago onde Heitor adorava mergulhar. Os animais também eram incríveis! Heitor se encantava com as cegonhas e suas longas pernas. Ele tentava imitar o caminhar elegante delas, esticando as pernas e balançando os braços, como um verdadeiro explorador.
Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Heitor viu que uma pata estava chocando ovos. Era um momento mágico! Heitor observava os ovinhos se quebrando, e os filhotes de patinhos nascendo. Mas um ovo, o maior de todos, não se rompia. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando.
Dias depois, Heitor voltou à lagoa e a pata não estava mais lá! O ovo grande finalmente rachou, e junto aos filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente e um jeito diferente. Ele parecia triste.
Heitor, que adorava fazer amigos, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão triste? Você tem uma fazenda inteira para explorar e um jardim lindo para conhecer!", disse Heitor.
O patinho respondeu com voz baixa: "Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim, e eu não me sinto bem".
"Não se preocupe!", disse Heitor. "Eu adoro a sua companhia! Você pode vir brincar comigo amanhã. Eu tenho um esconderijo secreto na Floresta Secreta, um lugar seguro onde podemos brincar sem ninguém nos incomodar".
No dia seguinte, Heitor voltou à lagoa, ansioso para brincar com seu novo amigo. Mas o patinho não estava lá. Ele ficou tão triste que resolveu sair da fazenda e tentar encontrar outros amigos.
A jornada do patinho foi difícil. As estações do ano foram passando, e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. As outras aves o rejeitavam e o chamavam de "esquisito". Só a natureza o acolhia.
Heitor ia brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu amigo. Ele continuava explorando a fazenda, observando os animais selvagens e imaginando suas aventuras.
A primavera chegou e o patinho amava a primavera, assim como Heitor amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu próximo à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, com medo de ser rejeitado novamente. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!
Nesse dia, Heitor foi brincar na água e reconheceu seu amigo! "Você é um cisne!", exclamou Heitor, surpreso. "Que legal! Podemos brincar juntos de novo!"
Heitor e o cisne brincaram o dia inteiro, felizes e contentes. Eles entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente, e isso todo mundo é!
E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?