O patinho feio com Lucas

O patinho feio com Lucas

Era verão! O sol brilhava forte, as flores coloridas desabrochavam e o céu azul parecia sorrir para todos. Lucas adorava o verão! Tudo era alegre e vibrante, como se o próprio sol estivesse fazendo festa.

Lucas tinha se mudado de São Paulo para uma fazenda perto da cidade. Sua família queria estar mais próxima da natureza e Lucas estava amando a mudança! Lá, ele podia brincar livremente, correr pelos campos e escalar árvores como um macaco! Mas o melhor de tudo era que ele podia usar seu superpoder: escalar paredes como um lagarto!

Na fazenda, havia um riacho cristalino que corria por entre as árvores e um lago azul que brilhava sob o sol. Lucas adorava mergulhar no lago e nadar com os patinhos. Ele também amava observar as cegonhas com suas longas pernas, caminhando com elegância pela fazenda. Lucas, que era um garoto muito esportivo, tentava imitar o andar das cegonhas, esticando as pernas e balançando os braços.

Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Lucas viu uma pata chocando seus ovos. Era um momento mágico! Os ovinhos começaram a rachar e, de repente, vários filhotes de patinhos fofinhos e amarelos nasceram! Lucas observava tudo com admiração. Mas um ovo, o maior de todos, não se rompia. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando com cuidado.

Dias depois, Lucas voltou à lagoa. A pata não estava mais lá. O ovo grande tinha rachado e, junto com os outros patinhos, havia um filhote diferente. Ele era maior que os outros, tinha penas de cores diferentes, um bico diferente e um jeito diferente de andar. O patinho parecia triste e solitário.

Lucas, que adorava fazer amizade com os animais, se aproximou do patinho diferente. "Por que você está tão triste?", perguntou Lucas, com gentileza. "Você tem uma fazenda inteira para explorar, um jardim lindo para conhecer, tanta coisa legal para fazer!"

O patinho respondeu com voz baixa: "Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim e me chamam de esquisito. Não me sinto bem por ser diferente."

Lucas sorriu para o patinho. "Eu adoro ser diferente! E você também deveria! Eu gosto de você do jeito que você é. A gente pode ser amigos!" Lucas prometeu que voltaria no dia seguinte para brincar com o patinho. "Eu tenho um lugar secreto que é perfeito para brincar. É uma montanha que chamamos de Montanha Encantada. Lá, ninguém vai te chamar de esquisito!"

No dia seguinte, Lucas voltou para a lagoa, ansioso para brincar com seu novo amigo. Mas o patinho não estava mais lá. Ele ficou tão triste por ser diferente que resolveu sair da fazenda em busca de outros amigos.

A jornada do patinho foi difícil. Ele viajou por muitos lugares e conheceu muitos outros patos, mas ninguém queria ser amigo dele. Todos riam dele e o chamavam de esquisito. O patinho se sentia sozinho e triste. As estações do ano foram passando: o verão se foi, o outono chegou, depois o inverno, e a primavera finalmente floresceu. O patinho amava a primavera, assim como Lucas amava o verão.

Lucas foi brincar na lagoa todos os dias, mas seu amigo não aparecia. Ele escalava as árvores, brincava de esconde-esconde e tentava esquecer do patinho triste.

Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu de volta à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, com medo de ser rejeitado por seus irmãos. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Lucas foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Lucas ficou surpreso ao ver seu amigo transformado em um cisne, mas ficou muito feliz! Finalmente, eles poderiam brincar juntos!

Lucas e o cisne se divertiram muito, brincando na água e voando alto no céu. Lucas aprendeu que ser diferente não era errado, mas sim, apenas ser quem se é. Ser diferente era ser especial! E todo mundo é especial!

E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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