Era verão! O sol brilhava forte, as flores pareciam sorrir, e o ar era quente e gostoso. Rafael amava o verão! Tudo parecia mais alegre e colorido, como se o sol estivesse sempre sorrindo para ele.
Rafael, um menino de seis anos com cabelos castanhos lisos e olhos pretos, estava muito feliz. Ele tinha acabado de se mudar da sua casa em Recife para uma fazenda perto da natureza. A família de Rafael queria que ele tivesse mais contato com a natureza, brincasse ao ar livre, e Rafael adorou a mudança!
A fazenda era um lugar incrível! Havia um riacho tranquilo e um lago onde Rafael podia mergulhar e brincar de nadar. Rafael adorava correr e brincar, e na fazenda ele podia usar seu superpoder: Correr como um carro de corrida! Era só imaginar que ele era um carro de corrida, e ele ia voando!
Na fazenda também tinha vários animais. Rafael adorava observar as cegonhas com suas longas pernas. Era um caminhar tão bonito! Ele tentava imitar as cegonhas, mas não conseguia andar tão elegantemente. "Ahhh! Que pena!", pensava Rafael.
Um dia, Rafael estava brincando com os patinhos na lagoa quando viu uma pata chocando seus ovos. "Olha, um ninho!", exclamou Rafael. A pata era muito cuidadosa, e ele ficou observando ela por um bom tempo. "Que lindo! Ela vai ter filhotes!", pensou Rafael. De repente, os ovinhos começaram a se quebrar, e os filhotes de patinhos nasceram! Era mágico! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompia. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando.
Dias depois, Rafael voltou à lagoa, e a pata não estava mais lá. O ovo grande tinha rachado, e junto aos filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Ele parecia triste.
Rafael, que adorava fazer amigos, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão tristinho? Aqui na fazenda tem um jardim lindo e muitas coisas para você conhecer!", disse Rafael. "Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim e não me deixam brincar", respondeu o patinho.
"Eu gosto muito de você! Podemos brincar juntos amanhã! Você pode conhecer meu esconderijo secreto, o Mundo dos Carros!", disse Rafael, sorrindo. "O Mundo dos Carros? É um lugar mágico?", perguntou o patinho, um pouco mais animado. "É sim! É um lugar só para nós!", respondeu Rafael.
No dia seguinte, Rafael voltou à lagoa, mas o patinho não estava lá. "Ele deve ter ido conhecer a fazenda!", pensou Rafael. Mas o patinho ficou tão triste que resolveu sair de lá e tentar encontrar outros amigos. Ele andou por muitos lugares, mas os outros patos sempre riam dele e diziam que ele era diferente.
A jornada do patinho foi muito difícil. As estações do ano foram passando, e ele sempre tinha que mudar de lugar, porque nunca se sentia acolhido. Ele só se sentia bem perto da natureza.
Rafael continuou brincando na lagoa todos os dias, mas nada do seu amigo patinho. Ele brincava de carro com seu superpoder, imaginando que ele era um carro de corrida.
A primavera chegou, e o patinho amava a primavera, assim como Rafael amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu perto da lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, porque não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!
Nesse dia, Rafael foi brincar na água e reconheceu seu amigo! "Olá, cisne!", exclamou Rafael, com um sorriso enorme! "Rafael, você está aqui!", respondeu o cisne, muito feliz. "Eu estava tão preocupado!", disse Rafael, com a voz um pouco trêmula.
Rafael e o cisne brincaram na água, correram, e se divertiram muito. "Ser diferente não é errado, é só ser quem a gente é!", disse Rafael. "É verdade! Ser esquisito é ser diferente, e todo mundo é diferente!", concordou o cisne.
E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?