O Primeiro Voo do João

O Primeiro Voo do João

"Olha lá, mamãe, um unicórnio de verdade!" João apontava, os olhos arregalados, para o céu. Um brilho multicolorido cortava as nuvens acima do Parque Barigui. Marina, sua mãe, sorriu.

"Que coisa incrível, João! Será que ele veio nos visitar?"

João, animado como sempre, agarrou a mão da mãe. "Vamos lá, vamos conhecer ele!"

Enquanto corriam pelo parque, viram que o brilho vinha de uma nave espacial enorme, colorida como um arco-íris, que pousava suavemente na grama. A rampa da nave desceu e de lá... saiu um unicórnio!

Era branco como a neve, com uma crina brilhante e um chifre que parecia feito de cristal puro. João nunca tinha visto nada parecido. O unicórnio olhou para João com seus olhos cor de chocolate e sorriu.

"Olá, João", disse o unicórnio, com uma voz suave como música. "Eu me chamo Estrela. Vim do planeta Arco-Íris para pedir sua ajuda."

João, mesmo um pouco tímido, respondeu com um sorriso. "Minha ajuda? Mas o que eu posso fazer?"

Estrela explicou que seu planeta estava perdendo suas cores. As flores estavam murchando, o arco-íris tinha sumido do céu, e a alegria dos habitantes estava desaparecendo. "A única esperança para Arco-Íris é encontrar a Flor Dourada da Resiliência que floresce aqui na Terra".

"Resiliência?" João franziu a testa.

Marina se aproximou e explicou com carinho. "Resiliência é como a gente se sente forte por dentro, mesmo quando as coisas são difíceis. É como a gente aprende e cresce com os desafios."

João entendeu. "Tipo quando eu caio da bicicleta, mas levanto e tento de novo?"

"Exatamente!", Estrela bateu as patas com alegria. "E a Flor Dourada da Resiliência guarda a magia que pode salvar meu planeta!"

João não pensou duas vezes. "Eu ajudo vocês! Mas onde a gente encontra essa flor?"

Estrela apontou para o mapa holográfico que mostrava o parque. "A Flor Dourada floresce no coração do labirinto, João. Você é o único que pode encontrá-la, pois tem um coração puro e corajoso."

João, com a ajuda de sua mãe, entrou no labirinto. Ele se deparou com caminhos que se fechavam, paredes cobertas de hera e fontes mágicas que mudavam de cor. João se sentiu perdido algumas vezes, mas lembrou da história da mamãe sobre a lagarta que se transforma em borboleta. Ele respirou fundo, lembrou da força da resiliência e continuou procurando.

Finalmente, no centro do labirinto, encontrou a Flor Dourada. Ela brilhava como o sol, emanando uma energia mágica. João, com cuidado, colheu a flor e voltou correndo para Estrela.

"Você conseguiu!", Estrela exclamou, os olhos brilhando de gratidão. "Você salvou Arco-Íris, João! Você é um verdadeiro herói!"

João se sentiu feliz e orgulhoso. Ele tinha enfrentado seus medos e usado a resiliência para ajudar Estrela e seu planeta. Com a Flor Dourada em segurança, Estrela se despediu de João e Marina, prometendo voltar para visitá-los em breve.

De volta para casa, João abraçou sua mãe. "Mamãe, aprendi que a resiliência é importante. E que podemos fazer coisas incríveis quando acreditamos em nós mesmos!"

Naquela noite, João sonhou com Arco-Íris, um planeta cheio de cores vibrantes, arco-íris duplos e unicórnios brincando em campos floridos. E ele sabia, no fundo do seu coração, que a aventura estava apenas começando.

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