Arthur estava muito animado! Ele ia passar o dia na praia com sua prima Laura. Na noite anterior, ele mal conseguiu dormir, sonhando com castelos de areia e ondas que faziam "shhh". De manhã, ele colocou sua sunga azul favorita e correu para a cozinha, onde sua mãe preparava um delicioso café da manhã.
"Laura já chegou?", perguntou Arthur, ansioso para sentir a areia branquinha entre os dedos.
"Calma, campeão!", respondeu sua mãe, com um sorriso. "Ela está a caminho. Olha só quem já acordou de bom humor! A praia realmente te anima, né?".
Arthur sorriu tímido. Ele amava ir à praia. Era o lugar perfeito para deixar sua imaginação voar alto como uma pipa colorida no céu. Quando Laura finalmente chegou, com suas duas tranças loiras balançando, Arthur sentiu uma onda de felicidade. Ele pegou seu baldinho e sua pazinha e correu para o carro, pronto para a aventura.
Ao chegarem na praia, Arthur ficou maravilhado. O céu estava azul como o oceano em seus livros de histórias, e a areia branca brilhava como mil diamantes sob o sol. Laura, sempre cheia de energia, correu para a água, convidando Arthur para um mergulho. Mas Arthur hesitou. Ele era um pouco tímido, preferia observar as conchas coloridas e os caranguejos brincando na areia.
"Vem, Arthur! A água está ótima!", gritou Laura, já com água até a cintura.
Arthur respirou fundo, lembrando-se do que sua mãe sempre dizia: "Confie em você, meu amor. Você é capaz de fazer qualquer coisa!". E foi com essa confiança que ele correu em direção às ondas, sentindo a água salgada refrescar seus pés.
Enquanto brincavam, Laura avistou algo brilhante na areia. Era um medalhão dourado, com um desenho intrigante: um sol e uma lua entrelaçados.
"Olha, Arthur! Que lindo!", exclamou Laura, mostrando o medalhão. "Quem será que perdeu?".
Arthur, com seu jeito observador, percebeu algo diferente. "Laura, você viu aquele castelo de areia gigante ali? Ele não estava aqui antes...", disse ele, apontando para uma construção magnífica, digna de um rei.
Curiosos, os primos se aproximaram do castelo. Perto dele, viram pegadas diferentes na areia, maiores do que as deles. De repente, um menino de cabelos dourados e olhos azuis como o mar emergiu de trás do castelo. Ele usava uma coroa de conchas e um sorriso gentil.
"Olá! Vocês viram um medalhão por aqui? É muito importante para mim", disse o menino, sua voz suave como a brisa do mar.
Laura, sem hesitar, mostrou o medalhão que havia encontrado. "Este aqui?", perguntou ela.
O menino abriu um sorriso radiante. "Sim! É este mesmo! Muito obrigado! Sou o Príncipe Lucas. Este medalhão é um símbolo da minha família, representa o dia e a noite, o sol e a lua", explicou o príncipe, colocando o medalhão de volta no pescoço.
Arthur, que até então observava tudo em silêncio, finalmente tomou coragem para perguntar: "Você é um príncipe de verdade?".
Príncipe Lucas riu, um som alegre como o canto das gaivotas. "Sou sim! Meu reino fica em uma ilha mágica, bem aqui perto. Venham me visitar algum dia!".
E, num piscar de olhos, o Príncipe Lucas e seu castelo de areia desapareceram, deixando apenas a marca suave das ondas na areia. Arthur e Laura se entreolharam, boquiabertos. Eles haviam conhecido um príncipe de verdade!
Naquela noite, deitados em suas camas, os primos se lembravam da aventura mágica que viveram. Arthur, inspirado pela coragem e gentileza do Príncipe Lucas, sentiu a confiança florescer dentro de si. Ele havia aprendido que, assim como o príncipe confiava em si mesmo para governar seu reino, ele também podia confiar em si mesmo para realizar seus sonhos. E quem sabe, um dia, voltar à praia e encontrar o Príncipe Lucas novamente.