O Robô que Encontrou a Felicidade

O Robô que Encontrou a Felicidade

Miguel estava brincando com seus carrinhos na sala quando, de repente, um estrondo enorme sacudiu a casa! Ele se assustou um pouco, mas sua mãe, Marina, logo o tranquilizou: “Deve ter sido só um trovão, meu amor.” Só que não era trovão. Do lado de fora da janela, pairando no ar, havia uma nave espacial prateada e brilhante! Dela, desceu um robô desengonçado, com antenas que piscavam sem parar. O robô parecia perdido e triste.

Curioso, Miguel abriu a porta da casa e, com um sorriso tímido, perguntou: “Oi! Você está bem? Precisa de ajuda?” O robô, surpreso com a gentileza do menino, respondeu com a voz metálica: “Olá. Estou procurando a Felicidade. Você sabe onde ela mora?” Miguel nunca tinha pensado na Felicidade como um lugar, mas sabia que ela morava dentro dele, principalmente quando brincava com seus carrinhos ou observava os passarinhos no jardim.

Marina, sempre cuidadosa, convidou o robô para entrar: “Acho que a Felicidade pode estar em qualquer lugar! Venha, entre um pouco. Sou Marina e este é o Miguel.” O robô, ainda um pouco desanimado, aceitou o convite. Miguel, com a energia de um carro de corrida, mostrou todos os seus brinquedos para o novo amigo. O robô observava tudo com atenção, tentando entender como aqueles objetos simples podiam trazer tanta alegria para o menino.

Enquanto Miguel mostrava seus desenhos coloridos, Marina explicou para o robô: “A Felicidade não é um lugar para encontrar, mas um jeito de sentir. É como um abraço quentinho, uma brincadeira divertida, um momento especial com quem a gente gosta.” O robô, ainda confuso, perguntou: “Mas e se a gente perder essas coisas? E se o abraço acabar? E se a brincadeira terminar?” Marina, com um sorriso gentil, respondeu: "Aí a gente busca outros abraços, outras brincadeiras. A vida é como um quebra-cabeça, a gente precisa juntar as peças e encontrar a felicidade em cada pedacinho.”

Miguel, que ouvia tudo com atenção, completou: “É como quando meu carrinho quebra! Eu fico triste, mas depois meu pai me ajuda a consertar e a gente brinca de novo!” O robô ficou pensativo. Parecia que uma luzinha começava a brilhar dentro dele.

De repente, a nave espacial emitiu um sinal sonoro. Era hora do robô ir embora. “Parece que a Felicidade não mora aqui”, disse o robô, um pouco desanimado. Marina, com um abraço apertado, disse: “Quem disse? A Felicidade mora dentro da gente! Ela aparece quando fazemos o bem, quando ajudamos os outros, quando encontramos alegria nas pequenas coisas.”

O robô, ainda processando tudo o que tinha aprendido, se despediu de Miguel e Marina. Enquanto a nave espacial desaparecia no céu, Miguel olhou para a mãe e disse: “Mãe, acho que a Felicidade também gosta de brincar de astronauta!” Marina riu e abraçou o filho. Ela sabia que Miguel, com seu coração puro e sua capacidade de se alegrar com as coisas simples da vida, tinha ensinado uma lição valiosa para o robô: a Felicidade não se encontra em um lugar distante, mas se constrói a cada dia, com amor, gentileza e resiliência.

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